quinta-feira, 9 de maio de 2013

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Resenha: Laços Inseparáveis

Livro: Laços Inseparáveis

Autora: Emily Giffin

Editora: Novo Conceito

Nota: 3,5 estrelas

Marian Caldwell é uma produtora de televisão de 36 anos, vivendo seu sonho em Nova York. Com uma carreira bem-sucedida e um relacionamento satisfatório, ela convenceu todo mundo, inclusive si mesma, que sua vida está do jeito que ela deseja. Mas uma noite, Marian atende a porta... para apenas encontrar Kirby Rose, uma garota de 18 anos com a chave para o passado que Marian pensou ter deixado para trás para sempre.

Desde o momento que Kirby aparece na sua porta, o mundo perfeitamente construído de Marian — e sua verdadeira identidade — será chacoalhado até o fim, fazendo ressurgir fantasmas e memórias de um caso de amor apaixonado que ameaça tudo para definir quem ela realmente é.

Para a precoce e determinada Kirby, o encontro vai provocar um processo de descobrimento que a leva ao começo da vida adulta, forçando-a a reavaliar sua família e seu futuro com uma visão sábia e doce. Enquanto as duas mulheres embarcam em uma jornada para encontrar o que está faltando em suas vidas, cada uma irá reconhecer que o lugar no qual pertencemos normalmente é onde menos esperamos — um lugar que talvez forçamos a esquecer, mas que o coração se lembra eternamente.

Giffin gosta de escrever os seus livros baseados em pessoas normais, das escolhas que elas fazem na vida, e de como isso afeta ou afetará a sua vida e das pessoas a sua volta.

Com laços inseparáveis, acontece a mesma coisa.

A estória que na mão de um escritor mais romântico, como o Nicholas Sparks, iria virar uma transformação e superação das relações, aqui vem mostrar as cicatrizes e a crueza que algumas das decisãoes que tomamos, podem gerar.

E aí fica difícil não se comover mais por um lado, do que por outro. Lógico que ao mostrar as várias nuances do personagens e mostrar que eles que todos podem errar, conseguimos ir lendo a estória sem julgar uma única pessoa.

Porém no caso desse livro, não consegui gostar, nem compreender totalmente as atitudes de Marian com a Kirby.

Sim, Kirby teve sorte e foi criada por uma ótima família, mas e se não tivesse sido assim?

As decisões tomadas por Marian por vergonha, acabou gerando mais feridas em todos os envolvidos, do que se ela tivesse simplesmente aberto o jogo.

E o fato disso ter se estendido por quase 18 anos, dela ter tentado cobrar do namorado uma posição final, e o fato de no final ela ter de certa forma ter conseguido ficar ainda em paz com o que aconteceu, me fez gostar ainda menos da pergonsagem.

Enquanto isso, do outro lado temos Kirby a verdadeira heroína do livro!Apesar da atitude às vezes revoltada, consegue ter mais seriedade e uma cabeça melhor do que a Marian.

Emily consegue criar uma narrativa interessante e rápida de ler, mas faltou um pouco da pitada que os seus outros livros trazem.

Talvez por esse se focar em uma realção tão frágil. Mas ainda assim, é um must read livros para os apreciadores do trabalho dela.

Só mudaria uma coisa: a última frase do livro pertenceria a Kirby.

Fanny Ladeira

Emily Giffin é formada pela Universidade de Wake Forest e pela escola de Direito da Universidade de Virgínia. Depois de trablhar por vários anoscomo advogada, mudou-se para Londres, a fim de escrever em tempo integral. Ela é a autora best-seller de vários livros incluindo O Noivo da Minha Melhor Amiga, Presentes da Vida e Questões do Coração. A autora é uma da atrações de Bienal do Livro do Rio de Janeiro desse ano.

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Fanny Ladeira!