domingo, 28 de abril de 2013

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Resenha: O Teorema Katherine

http://veja.abril.com.br/blog/imperdivel/files/2013/03/o-teorema-katherine-john-green-literatura-r7-450.jpgLivro: O Teorema Katherine

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Nota: 5 Estrelas

Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada.

Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

“’Eles estão é com inveja’, ela dizia. Mas Colin sabia que não era isso. Não estavam com inveja. Ele simplesmente não era ‘gostável’. Às vezes é simples assim.”

Deixa eu falar um coisa sobre o autor desse livro, John Green. O cara é um gênio de sua especialidade, porque só isso para explicar a genialidade excessiva que encontramos no seu livro,  the abundance ne katherines no original.

Não somente a genialidade do personagem principal, Colin, que tem um dom que invejo muito, ser autodidata. Não a genialidade de Hassam, que apesar de não ter tão inteligente quanto o seu amigo, ainda consegue ser acima da média e acompanhar o pensamento rápido de um menino prodígio.

A genialidade do livro está em ele contar uma estória relativamente comum e até um pouco clichê (menino que leva o chute da namorada e atravessa o país para viver uma aventura), mas juntando elementos únicos, e uma destreza monstro, ele dá a esse livro um toque leve e gostoso.

Para quem leu A culpa das estrelas, pode ficar com medo de chorar litros de novo, mas fiquem tranquilos, aqui o choro vai vir é das risadas.

O diálogo dos dois personagens, Colin e Hassam são tão divertidos, que já até separei o livro para reler em um futuro próximo.

Tem uma sequência mais para o final que envolve uma tarde em floresta, uma fuga de javali e uma luta. Eu li na rua, mas não consegui me controlar e devo ter parecido uma louca rindo para um livro, mas não me segurei.

“__ Medo, Colin fez uma piadinha. Esse lugar é mágico para você. Só é uma pena o jeito como vamos morrer aqui. Tipo, falando sério. Um árabe e um meio-judeu entram numa loja no Tennesse. É o começo de uma piada, e no final vai ter a palavra ‘Sodomia’.”

E palmas por em um mundo tão sem amor ao próximo, ter colocado um mulçumano e um meio-judeu como amigos.

As Katherines também tem um papel importante, ao mostrar que todos estão abertos a serem dispensados por qualquer um por um motivo idiota. =P

Sem contar que a destreza de John Green também se resume em se mostrar tão dentro da situação, e tão atento  tantos pontos que até pensamos em vários momentos, de se tratar de uma estória em parte auto-biográfica.

“Mas Colin sempre podia contar com os livros. Os livros são o melhor exemplo de Terminado: deixe-os de lado e eles  esperarão para sempre; dê-lhes atenção e sempre retribuirão seu amor.”

Foi assim como Quem é você , Alasca?, foi assim como Paper Town, e só não foi assim com A Culpa é das estrelas, porque a personagem principal é uma menina. E acontece a mesma coisa com esse.

No final, o resultado do Teorema é mostrar que qualquer estória na mão de uma pessoa genial, pode tornar um livro em um momento eureka.

Eureka, John!

Fanny Ladeira

John Green é um dos escritores norte-americanos mais queridos pelo público jovem e igualmente festejado pela crítica. Autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal eo PrintzHonor da American Library e com Edgar Award, foi duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times,além de ser envolvido em vários projetos, como o The Lizzie Bennet Diaries.  Mora com a mulher, Sarah, e o filho em Indianápolis, Indiana.

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