quarta-feira, 31 de agosto de 2011

0

Resenha: O Aprendiz

0 comentários

6690730_1gg Livro: O Aprendiz – As Aventuras do caça-feitiço

Autor: Joseph Delaney

Editora: Bertrand Brasil

Nota: 4,5 estrelas

“O Caça-Feitiço treinou muitos, mas pouquíssimos terminaram o aprendizado”, disse minha mãe, “e os que terminaram não se igualam a ele. São medíocres ou fracos ou covardes. Tomaram um caminho equivocado, recebem dinheiro pelo pouco que fazem. Portanto, agora só resta você, filho. Você é a última chance. A última esperança. Alguém tem que fazer esse trabalho. Alguém tem que enfrentar as trevas. E você é o único que pode.”

Thomas Ward é o sétimo filho de um sétimo filho e se tornou aprendiz do Caça-Feitiço. A missão é dura, o Caça-Feitiço é um homem frio e distante, e muitos aprendizes já fracassaram. De alguma forma, Thomas terá de aprender a exorcizar fantasmas, deter feiticeiras e amansar ogros. Quando, porém, é enganado e cai na armadilha de libertar Mãe Malkin, a feiticeira mais malévola do Condado, começa o horror...

Posso dizer UAU? UAU!

Quando peguei esse livro, não sabia o que esperar, realmente estava em branco as minhas expectativas em relação, ao livro de Joseph Delaney. Eu já tinha visto algumas pessoas comentando sobre ele, mas nunca tinha pegado para ler uma resenha, e como ninguém me recomendou, não dei muita atenção.

O real motivo de ter pegado esse livro, foi o fato dele estar sendo adaptado para o cinema. No papel do Caça-Feitiço, está Jeff Bridges, e o papel do Tom, e aí vocês vão entender porque quis ler, foi para Ben Barnes.

Tudo bem, peguei o livro por esse motivo, mas o fato é que AMEI a narrativa e os personagens, tão bem construídos.

“Sozinho? – mamãe gritou, sua voz cheia de raiva em vez de compreensão. – Como pode estar sozinho? Você tem a si mesmo, não tem? Se algum dia se perder, então estará realmente sozinho.”

A estória passa longe de ser clichê, ou até mesmo batida. Delaney, encaixa vários fatores na estoira, que nas mãos de outra pessoa, poderia parecer exagerado, mas no caso dele, é como se cada elemento fizesse sentido. E olha que estou falando de bruxas, fantasmas e ogros!

Aliando cenas de terror, com treinamentos exaustivos, batalhas mortais e uma pitada de romance, o primeiro livro da série As Aventuras do Caça-Feitiço, nos entrega muito mais do que poderia esperar.

No primeiro teste de Tom, eu quase tive um ataque, porque a cena dá arrepios. Eu não sou uma pessoa muito medrosa, mas fiquei com medo de ler, e fiquei aterroriza, pensando que o livro inteiro fosse assim.

O aviso da contra-capa “ Não dever ser lido a noite!”, começava a fazer sentido, mas depois dessa cena, assim como Tom, aprendemos a lidar com o medo, e fica mais fácil enfrentar o resto.

Se a jornada de Tom, para se tornar um caça-feitiço, está só começando, fico imaginando, como vai ser quando chegar no último volume.=D

Vale citar Alice, uma sobrinha de feiticeira, que não só colocará Tom em uma situação complicada, como é ainda responsável por vários revés desse livro.

Sendo Alice bonita, Tom obviamente, fica encantado por ela, só não esperem muito romance. Os personagens estão na fase da pré-adolescência, e o autor não quis seguir esse caminho (ainda).

Eu já li o segundo volume, A Maldição, e posso adiantar, que a estória só vai ficando melhor, mais complicada e muito mais perigosa, para todos. Em breve, estarei postando a resenha dele aqui também! E estou avida para ler a série inteira.

O 5° livro, a série contem 8 livros publicados, vai ser lançado no Brasil, no final do ano, e vou esperar por esse lançamento, mas depois vou ter que recorrer, ao Book Depository, porque honestamente, não vou conseguir esperar. Há ainda três outros livros, que servem como guias para a estória, escritos pelo próprio autor.

O livro, é infanto-juvenil, mas Harry Potter também é, e isso não quer dizer, que não são livros feitos para todas as idades.

Se você não lê um bom livro, porque acha que só serve para crianças, eu tenho pena de você.

Como disse, não li o livro antes, porque ninguém me recomendou, então:

Leiam!!!

Série As Aventuras do Caça-Feitiço

image

A Série tem 8 livros lançados. No Brasil, a Bertrand Brasil, estará lançando o 5° volume no final do ano.

De acordo com o próprio autor, ele ainda vai escrever mais 2 livros, continuando a estória. Sendo que o total de livros da série em si, será 10 livros.

Ele ainda planeja lançar o livro, I am Alice, falando sobre o ponto de vista, dessa enigmática personagem.

Para quem quer mais, o site Spooks, tem um aventura para os leitores, e você ainda pode concorrer a prêmios!

Conheça, mais sobre os livros, AQUI.

Fanny Ladeira

 

Joseph Delaney, é inglês, e nasceu em 1945 em Londres. Ele trabalhou durante muitos anos como professor, quando decidiu se dedicar totalmente aos seus livros. É casado, e tem 4 filhos e sete netos. 

0

Especial XV Bienal do Rio de Janeiro

0 comentários

Olá Pessoal!

Infelizmente, o blog não estará presente na Bienal do Rio de Janeiro, mas não é por isso que vamos deixar de ‘participar’ desse grande evento da literatura.

Como estaremos tãoooo longe, fica difícil falar da experiência da feira em si. Entretanto, porém, todavia, há muitas coisas que mesmo longe, podem contribuir, para que a experiência da Bienal do Livro, chegue a todos!

Assim como no nosso Especial Bienal de SP, teremos resenhas, perfil de autores, destaques para os lançamentos.

O homenageado desse ano da 15° Bienal do Rio de Janeiro, é o nosso Brasil!

BienaldoLivroRio2011

O nosso especial também homenageará o Brasil, durante os 11 dias, vocês poderão conferir resenhas de livros brasileiros, que merecem DEVEM ser lidos, e relidos, e relembrados, e comentados em todas as oportunidades.

Já que a nossa viagem para o Rio de Janeiro não saiu, poderemos viajar junto com a literutura!

Como não poderemos narrar as nossas aventuras pela Bienal, ao invés de comentar sobre o que aconteceu, vamos falar do que irá acontecer.

Por isso, divulgaremos todos os dias, a programação do próximo dia da feira, assim quem estiver perdido, ou não souber ainda o que ver, pode se orientar por aqui.

Iremos divulgar os eventos promovidos pela organização da Bienal, e os que acontecem nos estandes da editora. Mas como são muitas editoras, pode ser algum passe em branco, portanto, pedimos desculpas adiantadas.

Separei um monte de marcadores, para presentear as pessoas que mais comentarem nos posts do Especial. Tenho o suficiente para montar três kits, então PLEASE! Usem a caixinha de comentários!

Fanny Ladeira

domingo, 28 de agosto de 2011

10

Promoção:A Linguagem das Flores

10 comentários

Olá Pessoal!

O Blog, em parceria com a Editora Arqueiro, vai sortear um exemplar de A Linguagem das Flores, de Vanessa Diffenbaugh!

Até o dia 30 de Setembro!

8595f70e-2806-41e0-a0b6-55b3067b6dc7

Para concorrer é fácil!

Regras:

- Primeira e mais importante, comentar na resenha do livro AQUI.

- Ser residente ou ter endereço de entrega no Brasil.

- Seguir publicamente o blog.

- Preencher o formulário.

* O participante que não seguir as regras acima, será considerado desclassificado.

 Você ainda pode garantir, mais chances de ganhar!

  • Seguir o twitter da editora @editoraarqueiro ( Preencha novamente o formulário);
  • Seguir o Twitter da Editora Sextante @sextante ( Preencha novamente o formulário);
  • Seguir o meu twitter @fannyladeira ( Preencha novamente o formulário);
  • Frase de divulgação. ( Preencher novamente o formulário a cada divulgação)

#Promo Eu quero A Linguagem das Flores, que a @editoraarqueiro e o blog da @fannyladeira estão sorteando! http://bit.ly/o3xOh6

 Atenção:

- A promoção vai até ás 23:59 do dia 30 de Setembro (sexta-feira)

- O ganhador será anunciado nesse blog, no dia 1° de Outubro.

- A pessoa que não seguir as regras será desclassificada.

- A divulgação no Twitter é livre.

- O ganhador terá três dias para responder o e-mail, caso ele não cumpra esse prazo, o livro será sorteado novamente.

- O Sorteio será realizado pelo random.org

Desejo a todos, Boa Sorte!

Fanny Ladeira

16

Resenha: A Linguagem das Flores

16 comentários


8595f70e-2806-41e0-a0b6-55b3067b6dc7Livro: A Linguagem das Flores
Autora: Vanessa Diffenbaugh
Editora: Arqueiro
Nota: 5 estrelas
Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção.
Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder.
Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular.
Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram.
“(…) Você tem que querer. Você tem que querer ser uma filha, uma irmã,uma amiga, uma estudante, repetira ela à exaustão. Eu nunca quisera nenhuma dessas coisas e as promessas, ameaças e subornos de Meredith nunca haviam mudado minha convicção. Mas, de repente, eu soube que queria ser florista.” Victoria Jones
Sempre me sinto comovida, com esse tipo de estória. Já é difícil enfrentar esse mundo, com dois pais te dando suporte, imagine ter que fazer isso sozinha.
E assim que peguei A linguagem das Flores, lançamento desse mês da Editora Arqueiro, não poderia imaginar, o quanto esse livro me encantaria.
Geralmente, por causa do assunto abordado, esses livros são recheados por pontos tristes, e o livro de Diffenbaugh, não foi diferente. Prepare o lencinho, porque muitas lágrimas vão rolar, mas ao contrário do que poderia imaginar, não há muitas cenas piegas. Você chora, porque é a única alternativa. ( Sim, sou chorona!)
Assim como o título do livro sugeri, esse livro faz uma abordagem profunda e cheia de detalhes sobre a linguagem das flores. Eu nunca fui uma pessoa muito ligada a flores, embora sempre apreciei a sua beleza, mas esse significado escondido e desconhecido pela maioria, era um mistério para mim.
Com algumas flores até me surpreendi, como o musgo, que tem uma definição importante para esse livro. E se no meio do livro, da vontade de largar a vida e virar florista, o dicionário das flores, que consta nas últimas páginas, vem para auxiliar o leitor, a sempre ser capaz de dar uma flor com um significado, uma mensagem.
Victoria, é uma menina arredia. Como passou a vida inteira sem um contato humano, é possível entender a sua relutância, e o medo de se entregar. Quando a vida já te tirou tudo, fica difícil confiar nela novamente.
O sentimento mais forte em Victoria, é a certeza que ela não é boa o suficiente. Como se as suas falhas fossem imperdoáveis, e ela fosse a única pessoa com defeitos. Esse sentimento, que em diversos momentos chega a ser avassalador, e vai levar a estória para vários caminhos complicados e instáveis.
Ela encontra pessoas que a entendem, e principalmente, tentam ajuda-lá, como Renata, a dona da floricultura ‘Bloom’. Sem contar Grant, um simpático e jovem trabalhador, que tenta se aproximar dela, apesar dos obstáculos que ela coloca. Prepare o coração: Vocês vão amá-lo!
Talvez eu estivesse enganda, pensei, observando os ramos se balançarem na brisa. Talvez a essência do significado de cada flor estivesse mesmo em algum lugar dentro de seu caule forte, no conjunto macio de suas pétalas.” Victoria
A estória flui bem, mesmo contando passado e presente ao mesmo tempo, o que nos ajuda a entender a protagonista, e mostra a sua relação com Elizabeth, uma de suas mães adotivas, que teve um fator decisivo na sua vida.
No meio disso tudo, o grande triunfo desse livro é ser fiel com os sentimentos, com as pessoas e com o tempo.
Em um momento, uma mulher vai a floricultura pedir um buquê especial para a Victoria, a jovem que monta aquilo que a pessoa precisa, quer colocar uma flor especifica, que está fora da estação. Com a ajuda de Grant, e de um preparo especial, ela consegue fazer com que planta se desenvolva, mesmo fora da estação. Mas mesmo assim, a pessoa ainda tem que esperar quase um mês pelo buquê.
E é nesse ponto,que está a beleza desse livro. Victoria tem problemas que vão sendo contornados. Fobias e medos, que aos poucos vão sendo derrubados, e mesmo quando o final chega, eles ainda estão ali. Por isso, assim como as flores que tem o seu tempo de florescer, Victoria não muda da noite para o dia.
É necessário cair e levantar, voltar, retroceder, dar dois passos e várias outras etapas, para que a sua vida, comece a se acertar. Não é com um, ‘Bibbidi-Bobbidi-Boo’ , que as coisas e as pessoas mudam, isso só acontece em contos de fadas.
Na vida real, o caminho para a mudança e amadurecimento é longo e complicado, e gostei como Vanessa, não deu ares de contos de fadas, para o seu livro.
Na capa do livro tem uma frase que diz “Qualquer pessoa pode se transformar em algo belo.”
E eu complemento: Qualquer pessoa pode se transformar em algo belo, só olhar para dentro, conhecer os seus defeitos e as suas qualidades, se cercar de pessoas que se importam com você, e ter ao seu alcance algo que ame ( no caso de Victoria é as flores, no meu caso os livros, e no seu caso?), que o belo vai sair naturalmente e na estação/época certa.
Recomendo!
 
Fanny Ladeira
Author_photo_VanessaDiffenbaughTN

Vanessa Diffenbaugh nasceu em São Francisco. Após estudar pedagogia e escrita criativa na Universidade de Stanford, lecionou arte e redação para jovens de comunidades pobres. Ela e seu marido, PK, têm três filhos: Tre'von, de 18 anos, Chela, de 4, e Miles, de 3. Atualmente, mora com a família em Cambridge.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

0

Cinema no Restaurante: A Princesa e o Plebeu

0 comentários

 600full-roman-holiday-poster    

Já falei de Audrey Hepburn por aqui, na verdade falei de Bonequinha de Luxo, um dos seus mais famosos e celebres papéis. No papel de Holly Golightly ela encantou o mundo, e transformou a sua imagem em um ícone de beleza.

Mas tudo tem um começo. E em 1953, ela teve a sua primeira grande oportunidade, para mostrar a sua beleza e o seu talento. E ela deu conta do recado!

roman-holiday

A Princesa e o Plebeu, Roman Holiday no original, é uma espécie de história de Cinderela às avessas.

Uma princesa riquíssima tem uma crise nervosa por causa da agenda cheia de compromissos repetitivos e entediantes: o que ela quer é apenas viver como uma garota normal. roman_holiday

Então durante a noite foge do seu palácio e acaba encontrando não um príncipe encantado, e sim um jornalista interesseiro, que a reconhece (embora ela não saiba disso) e quer conseguir uma reportagem exclusiva que lhe renderá uma enorme quantia de dinheiro.

Como disse, esse foi o primeiro grande filme de Audrey. E Hollywood e o mundo, ainda não a tinha descoberto, essa pequena jóia. O seu companheiro de tela, e famoso ator, Gregory Peck, já sabia.

Audrey Hepburn starred in the 1953 Academy Award®-winning film "Roman Holiday."  Hepburn won the Best Actress Oscar® for her performance as Princess Anne in the film.  In celebration of the film's 50th anniversary, "Roman Holiday" will screen at the Academy of Motion Picture Arts and Sciences in Beverly Hills on Thursday, September 25, 2003.Ele sugeriu que o nome de Audrey, aparecesse primeiro nos créditos, porque segundo ele, ela ainda seria uma grande atriz.

E no papel da Princesa Ann, em busca de um tempo de diversão, Audrey conseguiu equilibrar beleza, sofisticação, delicadeza e um brilho no olhar, que é visível, mesmo o filme sendo em todo preto-e-branco.

Pela sua pouca experiência, Audrey deixou o diretor, William Wyler ( que ainda dirigia Ben-Hur, e voltaria a trabalhar com Audrey, anos depois) louco em uma cena, porque ela não conseguia chorar, o que resultou na filmagens de vários takes.

Gregory_Peck_in_Roman_Holiday_trailer_croppedGregory Peck, já tinha uma carreira estabilizada, e aceitou o papel em uma comédia, porque nunca tinha feito nada do gênero. Não o considero extremamente bonito, porém, com todo o seu charme, uma sobrancelha característica e um olhar firme, que consegue ser carinhoso e forte ao mesmo tempo, não dá para resistir ao seu Joe Bradley.

O filme é bem montando, e concentra a maioria das cenas de drama para o final, então dá para divertir bastante até lá, mas já aviso: Aqui também tem uma estória tocante, então prepare o lencinho para o seu final, que é real, bonito e emocionante.

Eu achei o roteiro um pouco chato em algumas partes, e as piadas não são tão engraçadas assim, mas não tira a beleza da película. E nem leva a minha opinião sobre o roteiro a sério, já que ele ganhou o Oscar de Melhor Roteiro.

copy_of_romanholiday5

Outro Oscar que o o filme levou? O de Melhor Atriz para Audrey Hepburn. Nada mal para uma novata, não?

Há ainda, diversos filmes da carreira de Audrey para ver, e estou começando a conhecer mais a fundo, a de Gregory Peck.

Se o resto dos filmes dos dois, forem tão bons quanto, A Princesa e o Plebeu, será uma bela jornada.

 

Fanny Ladeira

Nota: Não reservarei nenhuma sessão especial para três filmes de Audrey Hepburn, que mesmo assim vale a pena serem vistos são eles:

  • Sabrina de 1954, que ainda trás no elenco Humphrey Bogart e William Holden;
  • Quando Paris Alucina de 1964, onde Audrey volta a fazer par com William Holden;
  • Minha Bela Dama de 1964, com Rex Harrisson;

 

 

O Brasil está na moda. Hollywood resolveu invadir, e a Bienal do Rio de Janeiro, que esse ano homenageia o nosso país, vai estar a toda!

Então, vamos voltar os olhos para o cinema nacional, e falar sobre um filme, que considero muito bem produzido e apaixonante!

Próxima Sessão: Lisbela e o Prisioneiro

terça-feira, 23 de agosto de 2011

0

Resenha: Branca como o leite, Vermelha como o Sangue

0 comentários

Layout 1Livro: Branca como o leite, vermelha como o sangue

Autor: Alessandro D’avenia

Editora: Bertrand Brasil

Nota: 5 estrelas

“Nasci no primeiro dia de aula, cresci e envelheci em apenas duzentos dias.”

Leo é um garoto de dezesseis anos como tantos: adora o papo com os amigos, o futebol, as corridas de motoneta, e vive em perfeita simbiose com seu iPod. As horas passadas na escola são uma tortura, e os professores, “uma espécie protegida que você espera ver definitivamente extinta”.

Apesar de toda a rebeldia, ele tem um sonho que se chama Beatriz. E, quando descobre que ela está terrivelmente doente, Leo deverá escavar profundamente dentro de si, sangrar e renascer para a vida adulta que o espera.

Um traço interessante na narrativa de D’Avenia é a técnica de utilizar cores para descrever os sentimentos e as sensações do menino Leo; por exemplo, o branco, sinônimo de solidão e silêncio: “O silêncio é branco. Na verdade, o branco é uma cor que não suporto: não tem limites. (...) Ou melhor, o branco não é sequer uma cor. Não é nada, é como o silêncio.” (p. 10)

Branca como o leite, vermelha como o sangue não é apenas um romance de formação ou uma narrativa de um ano de escola: é um texto corajoso que, por meio do monólogo de Leo – ora descontraído e divertido, ora mais íntimo e atormentado –, conta o que acontece no momento em que, na vida de um adolescente, irrompem o sofrimento e o pesar, e o mundo dos adultos parece não ter nada a dizer.

“Odeio o Sonhador, porque ele me ferra sempre, me desperta a curiosidade. A ignorância é a coisa mais confortável que eu conheço, depois do sofá da minha casa.”

Eu adoro, quando pego um livro, sem esperar muito, e totalmente me apaixono.

Não que a capa, ou a sinopse do romance de estréia de Alessandro D’Avenia, não deixe com água na boca. Porém, como foi lançado a pouco tempo, ainda não teve ninguém me recomendando, então foi sem saber que peguei, despretensiosamente esse livro, e me apaixonei.

A estória pode soar um pouco batida, mas ela só soa mesmo, porque é tão diferente, interessante e marcante que vai nos encantando a cada capítulo.

Um dos fatores que achei interessante, é como D’Avenia, coloca detalhes sobre a vida na Itália, nos deixando a par de alguns dos seus costumes, músicas e poemas, mas mesmo assim, sentimos como se fosse uma estória que poderia se passar no nosso país, na nossa cidade, conosco.

Leo é inteligente, irônico, sarcástico e não consegue perceber o quanto é brilhante. Ele também tem uma pontinha de inocência e um jeito diferente de ver a vida, que não dá para não encantar.

Fico encantada com o fato, dele me ter feito chorar, pensar sobre vários aspectos da minha vida, fazer referências com cultura pop, e em vários momentos me fez rir muito. Muito mesmo!

“Não sei se meu pai virou Alvo Dumbledore ou o Doutor House,mas o fato é que compreendeu perfeitamente como estou.”

Adoro como ele descobre várias pontos importantes da vida, mas sem parecer maçante ou  fora do personagem, é a vida que vai passando, lhe mostrando do que ela é feita, e com a ajuda de um professor especial, vai aprendendo a viver, com as coisas boas e com as ruins.

“(…) De vez em quando olho o céu e meus dedos apóiam nas rugas seculares desta árvore que é forte, que é solida, que é feliz no coração do parque. É uma árvore, e vive como árvore: afunda suas raízes na água do rio vizinho e cresce. Segue sua natureza. Este é o segredo da felicidade: Ser você mesmo e ponto. Ser aquilo que você foi chamado a ser.”

A capa além de linda, e aveludada (o mesmo efeito da capa de Fallen), é mais fácil de sujar, só que é tão gostosa! Outro ponto a favor dessa obra, é a sua maravilhosa diagramação, o cuidado que foi tomado também com essa parte, foi perfeito! (Iria tirar fotos para colocar aqui, mas a minha câmera está sem batéria =/)

bianca_come_il_latte_rossa_come_il_sangueAo lado podemos ver a capa da versão italiana, a nossa brazuca tá mais bonita!

Para falar a verdade, a nota dele ali em cima, não está totalmente correta. Ele não chega a ter o potencial de ganhar o nosso selo de excelência, entretanto chegou perto, muito perto. A nota dele seria: 5,5 estrelas.

Não definiria esse livro como YA, apesar de ser extremamente bom para a faixa etária, e sim como um livro de aprendizado. Não importa se você tem 12 anos e está começando na adolescência, ou se você tem 70 e está começando a usar dentadura! Sempre há o que aprender, sempre há um caminho diferente e uma nova abordagem, para se ver o mundo.

E porque não deixar, Leo e as sua fixação pelas cores, que resultaram no magnifico Bianca come il latte, rossa come il sangue, mostrarlo a voi?

Super Recomendo!  

alessandro_davenia

 

Alessandro D’Avenia, é italiano, licenciado e doutor em Letras Clássicas, ensia Letras e é roterista. Branca como o leite, vermelho como o sangue é o seu primeiro romance.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

0

Resenha: A Rainha do Castelo de Ar

0 comentários

rainha-do-castelo-de-ar Livro: A Rainha do Castelo de Ar – Trilogia Millennium

Autora: Stieg Larsson

Editora: Companhia das Letras

Nota: 3,5 estrelas

ATENÇÃO: Essa resenha pode conter spoiler para quem não leu os livros, Os Homens que não amavam as mulheresA Menina que Brincava com Fogo.

Lisbeth Salander se recupera, num hospital, de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, enquanto Mikael Blomkvist procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga, acusada de vários crimes. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se, ela quer uma oportunidade para dar o troco. E agora conta com excelentes aliados. Além de Mikael, jornalista investigativo que já desbaratou esquemas fraudulentos e solucionou crimes escabrosos, no mesmo front estão Annika Giannini, advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da promotoria.

Com a ajuda deles, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do Estado sueco, um complô em cujo centro está um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes.

A rainha do castelo de ar enfoca de modo original as mazelas da sociedade atual, tendo conquistado um lugar único dentro da literatura policial contemporânea.

Quem leu as resenhas dos dois outros volumes da trilogia Millennium, Os Homens que não Amavam as Mulheres e A Menina que Brincava com Fogo, percebeu que eu fiquei muito intrigada com esses livros.

Com personagens únicos e uma estória de tirar o fôlego, o caminho até o último livro da série, foi rápido e cheio de entusiasmo. Depois do clímax, que somos deixados no final do segundo volume, fica difícil ignorar o último volume da série, por muito tempo.

Na verdade, fica difícil não querer ler, imediatamente após o termino do segundo livro.

O terceiro e último volume da série, vem para fechar todas as pontas, e revelar que os acontecimentos dos outros livros, foram uma pequena mostra do iceberg gigantesco.

Se você gosta de livros de conspiração, vai adorar a linha que Larsson adotou nesse livro, entretanto, em diversos momentos, me senti mais como lendo um livro diferente, do que um da trilogia Millenium.

Para dar mais espaço para a trama envolvendo a Sapö, ou porque já não tinha mais o que falar, tanto Blomkvist quanto Lisbeth, tem as suas participações muito limitadas (Se considerarmos os outros dois livros)

Se a falta de Blomkvist dá para lidar, é impossível não sentir falta de Salander.  É claro, que há muitas partes com os dois, mas não achei o suficiente.

Sem contar, que é muita enfadonha toda a trama da Sapö, que até é interessante, mas com tantas informações e novos nomes aparecendo a todo momento, fica complicado manter a atenção.

A estória de Lisbeth tem um bom desfecho, mas nenhuma informação nova é colocada, tudo o que é revelado durante o julgamento, o leitor que acompanhou a série já sabe. E apesar, de ajudar muito durante todo o processo, Super-Blomkvist continua mulherengo e imprevisível.

O fechamento da estória foi muito bom, mas não ficou claro o amadurecimento dos personagens. Agora, nós sabemos sobre a vida de Lisbeth e sobre parte da de Mikael, mas eles parecem ser os mesmos personagens que apareceram no primeiro romance, depois de tudo o que passou, a única diferença que percebemos em Lisbeth é a redução de seus piercings e de uma tatuagem. Só.

Uma parte fraca? Sim. Mas nem por isso, a Trilogia Millennium deixa de ser uma importante leitura. Só não abriga tudo o que poderia, mas continua sendo uma ótima jornada!

Aproveitem!

Fanny Ladeira

02594_gg

Nasceu em Skelleftehamn, na Suécia, em 1954. Foi um dos mais influentes jornalistas e ativistas políticos de seu país e trabalhou na destacada agência de notícias TT. À frente da revista Expo, fundada por ele, denunciou organizações neofacistas e racistas. É co-autor de Extremhögern, livro sobre a extrema direita em seu país. Por causa de sua atuação na luta pelos direitos humanos, recebeu várias ameaças de morte. Em 2004, aos cinqüenta anos, pouco após entregar aos seus editores a trilogia Millennium, morreu, vítima de um ataque cardíaco.

sábado, 20 de agosto de 2011

0

Dentro do Pottermore: A minha experiência

0 comentários

Olá Pessoal,

Todos tem visto que tenho falado bastante do Pottermore, e ajudado no que posso, e é com um grande prazer que venho informar, que onte, durante a parte da manhã, recebi o meu e-mail de Boas Vindas do Pottermore!

Abaixo você pode ler toda a minha experiência dentro do site, mas atendendo a pedidos da própria equipe do Pottermore, não terá nenhum Spoiler, em relação as novas informações escritas pela Rowling. Coloquei um assunto ou outro que você vai encontrar lá, mas não vou estragar a experiência de descoberta de ninguém.

image

Nem preciso dizer, o quanto fiquei feliz com isso! =) Mas testou aqui para contar um pouco sobre a experiência dentro site, então vamos lá!

A Experiência Pottermore

Como J.K. Rowling, já falou, o Pottermore não será um jogo, só uma forma diferente de ler a estória, então não vale esperar um jogo de PSP, mas quem for fã vai vibrar com muitas coisas.

Assim que clicar no e-mail, e ser redirecionada para o site, você receberá as primeiras instruções:

primeira página

E é começar a sua aventura, e prepare-se para se surpreender com muita coisa!

A primeira, é a arte das ilustrações. É para ficar de queixo aberto, e se deliciar com tudo. A arte, segue um pouco, o padrão já estabelecido nos filme, só que com uma pitada a mais, como estamos no mundo dos bruxos, podemos falar que ela recebeu uma camada de tinta de ouro.

hagrid chegando 

É que não dá para exportar, mas a luz da moto pisca, quando você passa o mouse em cima ( na verdade isso acontece com a maioria das luzes nas animações), e dependendo da cenas alguns elementos vão se movendo, por exemplo nessa de cima, vai passando um cometa.

Segundo, o conteúdo exclusivo.  Rowling, não estava brincando quando disse que iria divulgar informações exclusivas, parece que ela abriu a mente e despejou tudo ali, porque a maioria das coisas tem uma explicação secundária.

Temos quase uma folha inteira, explicando como Petúnia conheceu o Valter, e como foi a relação entre ele e Thiago, quando eles se conheceram. Isso no segundo capítulo de A Pedra Filosofal, não posso nem sonhar com o que mais ela irá revelar.

Mais para frente,quando chegamos em Hogwarts, conhecemos a vida da Prof... McGonagall inteira. Desde os seus pais, seus irmãos, e conhecendo mais detalhes sobre os seus anos em Hogwarts.

Ou seja tem muito conteúdo novo e velho também, a medida que vamos avançando os capítulos, novas informações dos lugares e personagens apresentados naquele capítulo são colocados a disposição, e você tem a opção de favoritar uma pessoa, animal ou objeto.

Um exemplo? No segundo capitulo de A Pedra Filosofal, são citados uma pessoa, e um objeto importante para a série, Sirius Black e o Desiluminador, e você pode favoritar com as informações passadas ali, depois, ao longo que a estória for desenrolando, novas informações vão sendo acrescentadas aos seus favoritos.

image

E por último, mas não menos importante, tem a tão esperada interatividade prometida com o Pottermore.

O seu username já está criado desde o primeiro momento, o meu é WitchFeather12 ( quem já tiver acesso ao Pottermore, pode me add lá!), só que ainda muito mais!

A medida que a estória vai avançando você vai junto com ela, mais desde as primeiras animações já é possível ir coletado vários objetos, e guardando no seu ‘malão’, essas coisas variadas, pode te ajudar em algum momento.

No capítulo em que Harry Potter, conhece Gringontes, somos convidados a abrir a nossa conta também, e vale ficar atento aos mesmo elementos da página para ter acesso. Cada participante, recebe 500 galeões para começar, e fique atento, porque vários outros galeões aparecem jogados pelo caminhos.

Com os galeões, podemos começar a compra para Hogwarts, e aí começa a grande diversão, com a sua lista, você tem que comprar todos os seu materiais. Sem ajuda de ninguém, você tem clicando de item em item, para terminar as suas compras.

No empório de corujas, você é obrigado a comprar um animal, sendo que pode escolher entre uma coruja, gato ou sapo. E é importante escolher com sabedoria, e de acordo com o seu gosto, porque esse serão seu avatar no Pottermore.

Eu escolhi essa coruja com cara de louca, Amei ela!

image

Por último, você vai ser direcionado para a Olivaras, onde comprará a sua varinha. Lá serão feitas diversas perguntas, e é importante que você responda com sinceridade, e depois de uns minutos você tem a sua varinha.

Nesse momento, novas informações sobre as varinhas são dadas, e assim,você pode ir costurando várias informações sobre a sua varinha e as outras da série.

Partida para Hogwarts e Chapéu Seletor

Nesse momento, já vamos nos direcionando para Hogwarts, junto com Harry. Tem uma passagens pelo King Cross e pelo Expresso, fique atento para ler todas as novas informações, tem muita coisa bacana ali.

E quando chegamos a Hogwarts, a primeira coisa que nos deparamos, é com a seleção das casas. Antes desse importante momento, Rowling aparece mandando uma mensagem de boa sorte, e pedindo para que todas as perguntas sejam respondidas com sinceridade.

Isso porque depois que você é escolhido, essa é a sua casa, não tem mais volta.

Quando as informações do Pottermore, começaram a ser divulgadas, não queria ficar em Grifinória, porque foi falado, que quem fosse para outras casas teria novas informações sobre a casa que não há nos livros.

Mas a verdade, é que nunca senti que realmente fosse da Grifinória (Sorry!), e o que foi confirmado no Pottermore, depois de algumas perguntas que respondi, realmente com sinceridade, fui enviada para……..Corvinal!

“Ou será a velha e sábia Corvinal
A casa dos que têm a mente sempre alerta,
Onde os homens de grande espírito e saber
Sempre encontrarão companheiros seus iguais”

image

Desculpe, é que sempre pensei nessa casa, como a minha favorita de Hogwarts, e depois de ler, todas as novas informações dadas para as pessoas dessa casa, não poderia ter mais certeza, que estou no lugar certo. * Mini Spoiler? Somos um pouco, ( um pouquinho só) excêntricos!

E gosto de pensar, que quando é necessário, podemos ser corajosos e bondosos, e se você também não pensa assim, tenho duas palavras para você: Luna Lovegood!

Voltando ao que interessa, assim que você escolhido, todo o tema do Pottermore muda, e você ganha acesso a sua ‘sala comunal’ onde poderá comentar, conhecer e adicionar outros da sua casa.

hagrid chegando

Antes

image

Depois

As suas ações dentro jogo são importantes, porque vale pontos para a sua casa, então fique atento para isso!

Dentro de Hogwarts, não temos tanta mobilidade assim, e apesar de seguir com a estória, pode ficar um pouco monótono, para alguns. Daqui para frente, é navegar na estória, e dividir o seu tempo entre, os treinos de feitiço, a uma parte para duelar com outros usuários, mas não está disponível agora, então não consegui saber como é.

Também tem uma parte para treinar as suas poções, e depois você pode praticar o que carreta pontos para você e sua casa, eu não sei se é eu, ou se é alguma coisa errada com essa parte, mas eu sou péssima fazendo poções. Iria apanhar muito do Prof. Snape! HA!

Pelo número de alunos que aparece, quando entramos no ‘Great Hall’, não tem nem 30 mil pessoas ainda dentro do Pottermore, então calma, que a sua carta ainda vai chegar.

E lembre-se que a versão ainda é Beta, ou seja, dá tempo de dar o pitaco e ajudar moldar a experiência, muitas pessoas estão dando opinião sobre capítulos que poderiam ser mais interressantes, pedindo mais jogos e a miaoria está falando da falta de efeitos sonoros do site, então aproveite a oportunidade.

Quando entrarem, só tenho um grande conselho. Até o momento, só tem disponível a estória de A Pedra Filosofal, então nada de correria com o Pottermore, quando entrar, realmente aproveite a sua jornada.

Eu só cheguei em Hogwarts quase 2 horas depois de começar a jogar! Tem muita informação, e não vale a pena ignorar isso, só para ir para outra parte.

image

Se delicie com a estória, e vai dar vontade de ler o livro de novo, como ainda não tem a opção de comprar online (que terá disponível, no próprio Pottermore), vale a pena tirar o A Pedra Filosofal da estante, e ter essa experiência junto com Harry.

Lembra que estávamos todos chorosos, porque os filmes acabaram? Bom, agora a tristeza pode ser empurrada para o canto, porque a jornada de Harry Potter nos cinemas acabou, mas as suas aventuras nos livros, e a nossa experiência dentro desse universo, está só começando, novamente.

Que o seu e-mail chegue logo!

 

Fanny Ladeira

 

P.S.: Está dentro do Pottermore? Quer compartilhar a sua experiência também? Mande um e-mail para stefanialadeira@yahoo.com.br

* Todas as imagens são propriedade do Pottermore.

1

Cinema no Restaurante: Mini-Série Emma

1 comentários

      EmmaRomolaGaraiDVD 

Falamos do livro Emma de Jane Austen, e hoje vamos falar sobre uma das suas adaptações, que pode ser considerada, até a adaptação definitiva dessa obra.

Quem tem a memória boa, vai lembrar que, Gwyneth Platrow, estrelou uma adaptação para o cinema desse clássico, e embora muitos possam considerar um bom filme, eu não fiquei muito entusiasmada com ele.

tumblr_l5openEj6E1qzu6rfo1_500Foi quando resolvi assistir a mini-série produzida pela BBC, em 2009. Depois de ficar totalmente encantada assistindo a adaptação, feita pela mesma emissora, para Orgulho e Preconceito, resolvi dar um voto de confiança. E não me arrependi!

Emma Woodhouse parece genuinamente contente, com um pai amoroso que ela toma conta, amigose uma casa. Mas Emma, tem um terrível costume – o de casamenteira. Ela não consegue se controlar, e sempre quer achar par para os seus amigos, como por exemplo para Harriet Smith. Emma está desesperada para que Harriet encontre a felicidade, mas o pretendente escolhido acaba se declarando para Emma. 

Estará Emma tão preocupada em encontrar um amor para Harriet Smith, que ela nem mesmo, consegue considerar a sua própria felicidade?

“Embora ela nunca teria admitido para ninguém, Emma sentiu, só por um instante, uma estranha sensação..De que talvez,  através de seus próprios esforços,que estava prestes a perder algo que nunca conseguiria recuperar.”

6a00d83451c0f869e20120a66c5610970b-400wi

Um fator, que faz com que as mini-séries saiam na frente das adaptações cinematográficas, é o tempo. Emma, é dividida em 4 capítulos,com quase 1 horas de duração cada.

O fator tempo,é um ponto a favor das mini-séries, mais é extremamente importante saber administrar esse tempo. Emma, tem uma estória muito complexa, e deixa seu desfecho para as últimas páginas, o que poderia ser apresentado de forma monótona, mas não é o caso aqui.

Em suas quase 4 horas de duração, temos cenas importantes, com discussões, e todos as cenas, que no final terá sentido. Conseguindo balancear com uns pontos de comédia, mas seguindo a seriedade que o livro exige, temos uma boa sessão, e as horas parece voar, enquanto vamos conhecendo mais as pessoas de Highbury.

O roteiro, também merece destaque, ao seguir com respeito o livro original, mas tomando liberdade em alguns pontos para tornar a estória mais interessante para as telas, para os mais radicais, não se preocupem, nada é extremamente alterado.

A fotografia também merece um destaque, já que ela é apresentada de um jeito maravilhoso. Além dos figurinos, principalmente dos homens e de Emma, que receberam um carinho especial.

emma-bbc-emmaA protagonista do livro, recebeu também uma atriz a altura. Romola Garai, quase foi Elizabeth Bennet na adaptação para o cinema em 2005, mas acabou perdendo o papel para Keira Knightley, depois iria trabalhar em Desejo e Reparação, de tanto que o diretor havia gostado dela.

A Emma de Romola, é viva, engraçada e consegue passar várias emoções. É um achado, já que a personagem tem um ponto ( esnobe), que se não for bem trabalhado, pode a tornar insuportável, ao contrário de adorada. Eu particularmente, acho ele linda, não linda de capa de revista, mas uma ‘linda normal’, que seria possível encontrar em uma vila qualquer, do interior da Inglaterra. Os seus esforços foram recompensados, com uma indicação para o Globo de Ouro.

Outros dois personagens importantes, que receberam atores a altura, foram o Sr. Woodhouse, pai de Emma, que é interpretado pelo esplêndido, Michael Gambom que é mais conhecido pelo seu papel de Prof. Dumbledore, na série Harry Potter.

emma-bbcO outro, é Jonny Lee Miller, que vive Sr. Knightley, que tem uma relação mais aberta com Emma. O jeito com que anda e como fica tão bem nas roupas de época, fica fácil acreditar em seu personagem. Ele dá um tem uma quimíca muito boa com Romola, criando cenas interessantes e algumas até mesmo apaixonantes!

Não dá para não suspirar, quando os dois ficam admirando a sobrinha! =)

Outros personagens menores também merecem atenção, como Jane Fairfax, interpretada por Laura Pyper, Frank Churchill que é apresentado por Rupert Evans (Gato!). Além de Christina Cole, que faz o papel da insuportável Sra. Elton.

Assim como o livro, essa adaptação mostra uma faceta diferente de uma heroína de Austen, e Emma, em vários momentos se apresenta como uma menina mimada, mas que com o coração aberto, vai aprendendo muitas lições pelo caminho.

Só queira fazer uma ressalva, para uma cena se passada em Box Hill. Em um momento, no meio de um pique-nique, cheio de pessoas, Frank Churchill deita na grama e coloca a cabeça no colo de Emma!

Emma-001

Um comportamento aceitável para hoje, mas altamente inapropriado para a época. Austen ficaria corada!

Espero que vocês possam apreciar a sessão, e mergulhar no mundo de Austen e Emma e ter uma ótima experiência!

Fanny Ladeira

Próxima Sessão: A Princesa e o Plebeu

Audrey Hepburn e Gregory Peck? ohh, Please!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

0

Só Garotos de Patti Smith, vai virar filme

0 comentários

Boa Tarde,

Uma ótima notícia para os fãs de boa música!

z_Patti-Smith

Acabou de ser anunciado, que o livro da ícone do Punk rock, Patti Smith, será adaptado para um os cinemas. Smith. irá colaborar com o roteirista John logan, que trabalhou em Gladiador.

O livro, Só garotos (Just Kids, no original), que é uma autobiografia, relata a chegada de Patti Smith a Nova York, e como ela conheceu o fotografo Robert Mapplethorpe, nos final das década de 60. Nas páginas, podemos ver a relação dos dois, e como eles se inspiraram, para avançar e revolucionar as suas áreas de atuação.

Robert-Mapplethorpe-e-Patti-Smith

Patti Smith e Robert Mapplethorpe

O livro, ganhou o prêmio de 2012 da National Book Award, na categoria Não-Ficção.

22340933

 

No Brasil, o livro foi lançado no começo do ano pela Companhia das letras, e desde então estou morrendo de vontade de ler!

Espero que não demore muito, para começar a produção!

 

 

Fanny Ladeira

Fonte Deadline

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

0

Resenha: Emma

0 comentários
emma

Livro: Emma

Autora: Jane Austen

Editora: Dover Thrift (Minha edição)

Nota: 3,5 estrelas

Quando a sua governanta, encontra a felicidade se casando, a brilhante e linda Emma Woodhouse, se vangloria se ter o dom de casamenteira e fica certa, de que ela mesma nunca irá se casar.

Miss Woodhouse, que agora mora sozinha com o pai,longo encontra uma nova ocupação, e tenta encontrar um pretendente para a sua amiga, Harriet Smith, só que acaba arrumando mais confusão para o caminho, deixando a amiga em uma situação delicada.

O retorno, de dois outros jovens, Jane Fairfax e Frank Churchil, que tiveram que deixar as suas famílias quando crianças, trás novos elementos para a trama. Mas enquanto Miss Fairfaix, tem que começar a procurar um trabalho como preceptora, o jovem Mr. Churchill, passa o tempo flertando com Emma.

Enquanto o pai de Emma, cerca de cuidados, Mr. Knightley,o irmão do marido da sua irmã, e que mora perto da família desde sempre, vem como um guia para Emma, alertando ela sobre as possíveis falhas, em seus planos de casamenteira, e dando broncas nela quando necessário.

Jane Austen é minha escritora favorita de todos os tempos. Com a sua linguagem inteligente e sagaz, ela nos entregou obras-primas que até hoje, quase 200 anos depois, ainda tem uma capacidade de envolver os leitores.

Emma, é a protagonista mais diferente de todas apresentadas nos outros livros de Austen. Ela é importante socialmente, e tende a deixar os seus vários defeitos se sobreporem, em diversos momentos, sobre o que é certo e em alguns momentos ela se mostra, até mesmo um pouco má.

Em outra palavras, podemos falar que Emma, é uma esnobe. Sim de certa forma, mas as suas outras qualidades, como a bondade e carinho com todos aqueles a sua voltas, dão equilíbrio perfeito. Apesar de Emma, não ser a minha heroína favorita, eu gosto dela.

Assim, como ela demora para poder perceber e avaliar os seus reais sentimentos, é necessário para o leitor, superar as suas atitudes mimadas e perceber, que assim como Jane Fairfax e Frank Churchill, a sua vida e personalidade, foram moldadas por causa da morte de sua mãe.

Com o seu pai super protetor, uma governante como uma mãe e morando em uma pequena comunidade, Emma tem muito espaço para ‘brincar de Deus’ com a vida amorosa das pessoas, e com isso criar problemas ainda maiores.

Emma, também, é o grande paradoxo, dos romances de Austen. Enquanto ela tenta casa todos a sua volta, a sua mente permanece fixa na ideia de viver solteira.

“Eu não tenho, nenhuma das usuais pretensões de uma mulher, que quer se casar. Quando eu me apaixonar, aí sim, será uma coisa totalmente diferente!  Mas eu nunca me apaixonei; não é o meu jeito, ou minha natureza; e eu acho que nunca irei. E sem amor, eu seria uma tola, me alterar a minha situação atual.” Emma Woodhouse

O livro narra todas as desventuras que a vila de Highbury, o que nos permite,várias surpresas pelo caminho, envolvendo a maioria dos personagens principais. A palavra de ordem aqui, é que nada é o que parece ser.

Surpresas, que passa despercebido, até mesmo para Emma, que deveria ser a mais observadora do grupo, mas que mostra, claramente, que fica cega no momento em que cria uma ilusão, em sua cabeça.

Com a relação mais aberta, entre Emma e Mr. Knightley, temos ótimos diálogos e discussões entre os dois.  Mr Knightley, vai se mostrando mais adorável ( eu achei *-*) a cada capítulo, e realmente faz falta quando está fora.

No final, temos mais uma obra-prima de Austen, que se destaca pela diferença em relação as outras, e pela qualidade tão facilmente encontrada em tudo que Miss Austen escreveu.

Recomendo!

Veja o nosso Especial Eu Fui Jane Austen!

Fanny Ladeira

Jane-Austen 4Jane Austen, nasceu em 1775, em uma pequena vila da Inglaterra, filha de um clérigo, a sua condição de vida se modificou muito depois que o pai morreu, ela nunca se casou. Em seus romances, Austen sempre se destacou pela sagacidade e ironia, e hoje, é uma das maiorias romancistas da história.

0

Livro A Fada, de Carolina Munhóz, em pré-venda

0 comentários

 

O livro A Fada (Novo Século) da escritora Carolina Munhóz teve seu preço finalmente divulgado e está em pré venda. A nova versão vai sair por 29,90! O livro vai ser relançado pela Novo Século no dia 03/09 - 17hs na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, mas já estará disponível no dia 26/08. Confira todos os detalhes, AQUI.

capa A Fada - Novo S ®culo 

Sinopse:

"Alguns jovens ganham presentes caros, passagens aéreas ou festas surpresa em seus aniversários de 18 anos. Melanie Aine ganhou o falecimento do pai, uma estranha tatuagem e a descoberta de que não era um ser humano. Como se tudo isso não fosse suficiente, Melanie ainda descobriu, por detrás da enevoada e mística cidade de Londres, um mundo fantástico que até poderia ignorar, se não fosse parte importante dele. Um legado que traz com ele diversas tragédias e problemas pessoais ao qual ela não espera se adaptar, mas não sabe se terá opção. A única parte recompensadora parece ser seu encontro com um homem misterioso, oriundo de uma família bruxa poderosa, cuja relação caminha em uma linha bamba e tênue que separa afeto e fúria. Um afeto que pode levá-la à transcendência e à vida eterna. Uma fúria que pode conduzi-la a morte e ao esquecimento. Dentre muitos feitiços, lutas, criaturas mágicas e eventos sobrenaturais, A Fada é uma história de descobertas e superações, sobre como o amor pode fazer várias pessoas redescobrirem a vida e a magia nela.

“Uma história repleta de magia e espiritualidade. Uma candidata a seguir os passos de Alexandra Ardonetto e Cassandra Clare.” Revista Época.”

 

Você também pode adquirir o livro na Saraiva!

Carolina Munh ¦z por Leandro BergamoSó lembrando que a Carolina estará participando da Bienal do Rio de Janeiro, e conta com a presença de todos, no stand da Novo Século, no dia 03 de setembro.

O estande da Editora, na Bienal do Rio de Janeiro, ficará no Pavilhão Azul, no K14, próximo ao auditório.

Você pode conhecer mais sobre a autora, no seu site oficial, pelo Twitter e pode adicionar A Fada no Skoob.

Fanny Ladeira

* Foto da autora por Leandro Bergamo

0

Parceria com a Editora Arqueiro

0 comentários

Olá galera!!

Venho com o ENORME prazer, informar que esse blog, O Restaurante do Fim do Universo, fechou a sua primeira parceria com uma editora!

Editora Arqueiro

ParcArqueiro

Geraldo Jordão Pereira (1938-2008) começou a sua carreira aos 17 anos, quando foi trabalhar com o seu pai, o célebre editor José Olympio, publicando obras marcantes como “O menino do dedo verde”, de Maurice Druon, e “Minha vida”, de Charles Chaplin.

Em 1976, fundou a Editora Salamandra com o propósito de formar uma nova geração de leitores e acabou criando um dos catálogos infantis mais premiados do Brasil. Em 1992, fugindo de sua linha editorial, lançou Muitas vidas, muitos mestres, de Brian Weiss, livro que deu origem à Editora Sextante.

Fã de histórias de suspense, Geraldo descobriu O Código Da Vinci antes mesmo de ele ser lançado nos Estados Unidos. A aposta em ficção, que não era o foco da Sextante, foi certeira: o título se transformou em um dos maiores fenômenos editoriais de todos os tempos.

Mas não foi só aos livros que se dedicou. Com seu desejo de ajudar o próximo, Geraldo desenvolveu diversos projetos sociais que se tornaram sua grande paixão.

Com a missão de publicar histórias empolgantes, tornar os livros cada vez mais acessíveis e despertar o amor pela leitura, a Editora Arqueiro é uma homenagem a esta figura extraordinária, capaz de enxergar mais além, mirar nas coisas verdadeiramente importantes e não perder o idealismo e a esperança diante dos desafios e contratempos da vida.

Entre diversas obras que agora são de responsabilidade da Editora Arqueiro, se encontra os livros de Dan Brown, e uma série muito importante para esse blog, O Mochileiro das Galáxias.

Além de contar, com um grande acervo de livros, que vai se expandido a cada mês.

Gostaria muito de agradecer a Editora Arqueiro, por esse voto de confiança ao nosso pequeno blog, e que possamos fazer jus a essa importante parceira!

Fanny Ladeira

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

3

Pottermore Beta: Começou!

3 comentários

Olá Galera!

Depois de muita espera, alguns sortudos, já estão conseguindo acessar o Pottermore Beta.

image

Em um comunicado oficial do site, foi esclarecido, que algumas pessoas, já estão podendo acessar a versão Beta, e poderão ajudar a melhorar alguns pontos do site. Leia abaixo o comunicado oficial e completo do Pottemore:

“Nós estamos animados em anunciar, que o acesso adiantado para o Pottemore, já começou! Então se você é uma em um milhão de pessoas, que achou a Pena Mágica ‘The Magical Quill’ e se registrou no Pottermore para acessar antecipadamente, por favor, leia o resto deste post do Insider, com atenção.

A coisa mais importante para saber, é que precisamos controlar o acesso para a versão Beta do Pottermore, para assim conseguirmos coletar com cuidado todos os feedback. Para começar, nós iremos convidar um pequeno número de pessoas para o site, então você pode não receber o seu e-mail imediatamente.

Estaremos enviando os e-mails de Bem-Vindo, nas próximas semanas, e quando chegar, você será capaz de logar e começar a ajudar-nos a desenvolver a experiência do Pottermore.

Como usuário Pottermore Beta, você será capaz de explorar todos os diferentes elementos do site e, esperamos, dividir as suas ideias conosco, pelo caminho.

Como? Usando o botão ‘Beta Feedback’. Você irá encontra-ló, no alto do canto direito, de todas a páginas do site, e ele se parece com esse:

É importante sabermos, o que você gostou do site, o que você viu que poderia melhorar, e que você possa nos falar, sobre alguma parte que você sente, que não está funcionando direito.

Além do botão ‘beta feedback’ no site, nós também iremos enviar para cada usuário Beta, um formulário para completar, com algumas perguntas detalhadas, sobre o site do Pottermore.

Todas essas informações, serão recolhidas e analisadas, para ajudar a fazer, quanto o possível, o Pottermore divertido, interessante e fácil de usar.”

Então se você se registrou adiantado, agora é só esperar pelo e-mail de boas vindas!

Para quem não conseguiu, o acesso estará liberado para todos em Outubro, e comunicamos aqui, assim que isso acontecer!

Mas queremos saber: Você já conseguiu acessar o Pottermore? Se sim, aproveite a oportunidade de dividir com milhares de fãs, essa experiência! Entre em contato pelo stefanialadeira@yahoo.com.br, ou pelo meu Twitter!

O comunicado postado no Blog Oficial, em inglês, na íntegra, você pode ler abaixo:

“We’re excited to announce that early access to Pottermore has begun, so if you’re one of the million people who found The Magical Quill and registered for early access, please read the rest of this Insider post carefully.

The most important thing to know is that we need to stagger entry to the ‘Beta’ (early) version of Pottermore so we can properly collect all the feedback. To begin with, we’ll be inviting a very small number of people onto the website, so you may not receive your Welcome email straight away.

We’ll be sending those Welcome emails out over the coming weeks and, once yours arrives, you’ll be able to log in and start helping us develop the Pottermore experience.

As Pottermore Beta users, you’ll be exploring all the different elements of the site and, hopefully, sharing your thoughts with us along the way. How? By using the ‘Beta feedback’ button. You’ll find it located at the bottom right-hand corner of every page on the site, and this is what it looks like:


It’s important for us to know what you enjoy about the site, what you would like to see improved, and that you tell us about any parts you think aren’t working smoothly.

As well as the ‘Beta feedback’ button on the site itself, we’ll also send each Beta user a survey to complete, asking some detailed questions about the Pottermore website.

All this information will be collated and analysed to help make Pottermore as enjoyable, interesting and easy-to-use as possible.”

Fanny Ladeira

0

Lendo e Ouvindo: Noah and The Whale – The First Days Of Spring

0 comentários

Essa coluna foi criada para falar especialmente sobre músicas, e é hospedada no blog,Nerds Leitores.        

Olá Pessoal!

Algumas semanas atrás, resolvi falar sobre uma banda, que chegou em minha vida, para abalar a estrutura da minha cadeia de bandas favoritas! Só não chegou no topo, porque no meio do caminho tem The Killers, mas chegou ao 2° lugar: Noah and the Whale.

noah-and-the-whale-gal-vfest08_1_

 

No primeiro post, eu falei de 2 cds da banda, o primeiro Peaceful, the world lays down, e o terceiro, The Last Night on Earth. E hoje, falarei do segundo, The First Days of Spring.

noah-01

E porque, eu tive que separar um post, especial para esse CD?

Esse foi o primeiro CD, depois que Laura Marling, saiu da banda. Além de terem que seguir, sem uma voz feminina e uma cantora talentosa, a  saída de Marling da banda, trouxe outro agravante.

Ela namorava, Charles Fink, cantor e compositor da banda.

noah-and-the-whale-with-laura-marling

A banda, em sua formação original

Ou seja, além de Charles ter que lidar com a saída de um membro da sua banda, ele ainda teve que encarar de quebra, uma separação dolorida. Ambos era jovens, Laura não tinha nem 20 anos,  mas nessa fase tudo parece ainda pior, ainda mais forte.

E é exatamente disso, que The First Days of Spring fala: sobre uma separação dolorida e a superação disso.

tumblr_lerf9kVmaI1qewbmmo1_500Ao invés de negar tudo isso, ou seguir outro caminho, Fink e os outros meninos, resolveram fazer ‘O CD de separação’.

Em uma entrevista Charlie Fink admitiu “A primeira vez que eu ouvi o cd inteiro, eu não aguentei. Eu estava chorando da terceira faixa, até o fim. Eu nunca tinha passado por isso antes.”

Ele ainda completou “É um álbum muito caótico, e eu me forcei para dentro daqueles momentos novamente, para trazer aquela emoção a tona de novo. Cantar para banda pela primeira vez, foi constrangedor, mas se você opta por um projeto assim, você tem que se entregar. A coisa mais esquisita, é que eu sou bem fechado. Eu realmente não falo sobre essas coisas, então a música tem sido uma terapia. Este álbum é precioso para mim, porque eu sempre tentei ser bem verdadeiro nele.”

Sim, esse e o cd para todos os corações partidos, para todas as separações dolorosas. Esqueça Marian Carey, Taylor Swift e deixe de lado o cd, da também maravilhosa Adele, e venha sentir isso com Noah and The Whale.

As Faixas

 

  • 1 – The First Days of Spring        *Letra

Com ‘Os primeiros dias da primavera’, a música fala sobre a esperança de começar tudo de novo, de recomeçar.

“Like a cut down tree, I will rise again

I'll be bigger, and stronger than ever... before”

Mas o coração ainda fala mais alto.

“If I'm still here hoping, that one day you may come back”

Com uma banda tão talentosa, a emoção não fica só com a letra da música, mas também com os seus acordes. No final do primeiro refrão, o violino aparece, como um choro sentido e forte, e as batidas como de um coração que acompanha a música, segue a batida de um coração que foi esmagado, que ainda bate com dificuldade, e aumenta quando ele fala dela.

O toque primordial, fica para o final da música, quando o violino aparece forte de novo, mas dessa vez, tocando como se fosse uma esperança, o choro ainda está ali, mas com a sensação, de que um dia tudo vai melhorar.  A mesma que trás ‘The first days of Spring’.

Como qualquer um, tentando superar a partida de um amor, nessa voltamos de novo, ao ponto em que tudo acabou, e o porque acabou. O que mudou.

As promessas feitas, são lembradas: “like the pledge that you gave when you said that you'd always love me”

A música tem uma batida triste, uma balada, que chega no seu final, com a triste certeza do fim:

“Well I don't think that it's the end

but I know we can't keep going”

  • 3 – I Have Nothing     * Letra

Quando a superação, fica mais difícil do que se podia imaginar, chega a hora de sonhar com a pessoa de novo, e “I Have Nothing” fala exatamente disso:

“I'd do anything to be at your side

I'd be anyone to be at your side

I need your life in my life

Need your light in my life

Need your light”

  • 4 – My Broken Heart     * Letra

A quarta canção, fala exatamente, do coração partido, e de como a sensação de solidão, pode fazer a vida parecer cada vez pior. 

“Broken hearts are a fickle thing and complicated too

I thought I believed in love but I've never seen it through”

  • 5/6 – Instrumental/Love of an Orchestra      * Letra

E a primeira esperança (e alegria), aparece. Em uma música agitada e bacana.

E o músico com o coração partido, volta o seu amor para a música, para tentar reencontrar a paz.

“I'm carrying all the love of an orchestra

gimme the love of an orchestra”

  • 7/8 – Instrumental/Stranger               * Letra

Mesmo quando as coisas parecem que vão se ajeitar, vem um teste.

Narrando os seus sentimentos de culpa, rejeição e solidão depois de uma noite de sexo com uma desconhecida, volta a saudade da proximidade.

“Cos everything I love has gone away

Oh, cos everything I love has gone away”

O violão acompanhando a canção, com uma pitada do violino, dá o tom de tristeza do momento. No final, mesmo com toda a tristeza, e num ritmo diferente do da música, vem outra amostra de que as coisas estão começando a ficar diferente:

“You know in a year, it's gonna be better

You know in a year, I'm gonna be happy”

  • 9 – Blue Skies               *Letra

Eu absolutamente AMO a batida dessa música! =)

Blue Skies, é para as pessoas com o coração partido, ele começa falando.

A importância maior do, Blue Skies, ou seja, do seu limpo, sem nuvens pesadas, fica para dois outros versos:

“This is the last song

That I write

While still in love with you

This is the last song

That I write

While you're even on my mind”

Gosto de como um verso cantado, lá em Our Window, no começo do CD, é repetido nessa faixa, agora com outra conotação:

“I don't think that it's the end

But I know we can't keep going”

Lá, ele falava do fim da relação, e aqui ele fala do fim da depressão por causa do fim do romance. Amo esse detalhe, que em um disco todo inspirado, faz toda a diferença.

 

  • 10 – Slow Glass             * Letra

É a música que mostra, que apesar da superação, ela ainda era/é uma pessoa importante na vida dele:

“Well I heard you been singing

Well I was, what I am

Well I never tried to change you, honey I'm your biggest fan

and I loved you back then

but I don't recognize you now”

Não é cantado com muito amor colocado ali, dá até para sentir uma pontinha de indiferença. Ele é só alguém, tentando entender o que aconteceu, e o que isso resultou.

  • 11 – My door is always open      * Letra

Eu gosto como essa última música é triste, como essa última música trás um sentimento de esperança, de mudança. Como essa última música, fala sobre os sentimentos passados, sobre as mágoas, sobre as promessas, sobre a vida que ainda se segue.

Como fala para alguém que já foi, para alguém que está chegando.

Gosto, como o verso “But now i'm free, Now i'm free,Now i'm free from all your pain.”, é quase um sussurro, quase uma oração para que tudo fique onde está.

Até metade da música, só o violão faz parte da música, o que a torna ainda mais linda.

Gosto dessa música, porque apesar de todas essas faixas, por todo esse CD, ele ainda tem esperança no amor:

“but my door is always open

yeah my door is always open.”

  noah

Eu chorei com esse CD, porque além de falar sobre uma coisa tão real e tão dolorosa, ele é uma jornada.  Não é uma jornada fácil, nem gostosa, mas é importante, e foi importante para que a banda pudesse seguir com a sua carreira, e importante para que Charlie pudesse seguir com a sua vida.

Fink, que escolheu rever o passado para seguir em frente, ainda completa:

“Eu acho que Dante escreveu, que não há grande tristeza, em recordar os tempos de miséria, quando estamos felizes. Que a depressão, algumas vezes,pode ser o melhor meio de olhar para frente. Quando eu fico confuso sobre as coisas, eu tento ver elas como uma parte de uma longa história; uma continuação de quem você é. Isto é o que é importante, não é?”

 

O Outro lado da história?

laura_marling_narrowweb__300x4560Quem acha que Marling, saiu como uma fúria, por causa do CD, pode se surpreender.

Em entrevista a uma revista ela revelou:  “É legal. Eu acho o álbum de Charlie fenomenal. Eu não tomei isso pessoalmente. Eu não sentei em casa pensando ‘Isso é estranho, é tudo sobre mim’. Na verdade, eu acho que é sobre ele.”

E para ser sincera, eu concordo com ela. Ao escutarmos o álbum com atenção, vemos que poucas passagens falam sobre a outra pessoa. É mais sobre o sentimento dele.

Querendo ou não, Marling, lançou uma canção, que é considerada a ‘versão’ dela, para o relacionamento com Fink.

Blackberry Stone, tem uma referência direta a música, Hold my hand As I’m Lowered, do primeiro álbum do Noah and the Whale, em que Marling participou.

 

 

A letra também é meio alto explicativa, e você pode conferi-lá, AQUI.

Para terminar a história, sei que Laura não está mais namorando Marcus Mumford, porque agora ele está com a atriz, Carey Mulligan.

C'est la vie!

O filme ‘The First Days of Spring’ 

Noah-and-the-Whale-001

O filme, é na verdade uma arte bem original. Seguindo as música e na ordem apresentada no CD do mesmo nome. Temos imagens, que vem para ilustrar o sentimento das canções.

Alguns momentos são fácies de entender, outros não. Mas a direção desse filme quase abstrato dirigido pelo próprio Charlie, e beleza da fotografia, somado com a simplicidade das filmagens, torna uma visão essencial para qualquer fã da banda, ou apreciador do Cd, ver.

A explicação sobre o filme-álbum, foi dada, pelo próprio Charlie: “O filme é sobre as última memórias do personagem", em seus últimos minutos de vida, no que você irá pensar?”

O filme, teve sessões em alguns cinemas de Londres e Nova York, seguido de uma Q&A com a banda (inveja define), e ele vem junto, em uma edição especial de CD The First Days of Spring, mas você pode assisti-ló, gratuitamente e com 100% de qualidade, AQUI

Conheça mais sobre o Noah and the Whale no Site Oficial da banda;

No Facebook, No Twitter e no Canal do YouTube.

Você ainda, pode adicionar a banda ao seu Lastfm.

Fanny Ladeira