segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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Retrospectiva Fevereiro

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E o mês mais curto do ano, chegou ao fim! E esse ano o Carnaval ainda nem passou, por isso tecnicamente o ano brasileiro ainda não começou!

Mas aqui no blog tudo vai a todo vapor e preparamos muitas supressas e novidades para os próximos meses!

Livros resenhados

Esse mês foi um mês fraco para resenhas, masss eu estou lendo bastante e portanto pode esperar que esse cenário vai mudar!

  • Resenha: Através do Espelho
  • Resenha: Para Sempre - Série Imortais
  • Resenha: Living Dead Girl
  • Resenha: Não me Abandone Jamais
  • Book Tour

    Estamos participando de algumas Book Tour e passou dois livros esse mês, que já tem resenha!

    Resenha: Soul Love

    Resenha: Twenty Boy Summer

    Cinema no Restaurante

    Essa coluna começou toda tímida, mas hoje em dia faz o maior sucesso por aqui! Dê uma olhada em todos os filmes recomendados esse mês!

    Bonequinha de Luxo

    Nosso Amor do Passado

    Volver

    O Discurso do Rei

     

    Março promete ainda mais, com MAIS resenhas, a estréia de uma coluna nova e um outro especial preparado!

    Mas vamos deixas as supressas do mês que vem para o mês que vem! HA!

    Então, volte sempre ao Restaurante do Fim do Universo.

    A gorjeta você pode deixar com o Marvin! =P

     

    Fanny Ladeira

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    Desafio Literário 2011: Fevereiro

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    Olá Pessoal!

    Quem acompanha o blog, viu que no começo do ano eu criei o Desafio Literário 2011.

    Esse desafio foi criado por mim, e é mais uma disputa entre eu e eu mesma.

    A meta é ler 100 livros esse ano, entre eles os que constam nessa listagem postada na página do desafio, mas é claro que mais livros vão aparecendo no caminho!

    A única regra do desafio é não tirar nenhum livro da lista, só acrescentado. Livro não lido, é computado a menos!

    Mas esse mês a leitura fluiu bem, e temos até algumas (várias) resenhas pendentes para postagem.

    Saldo Janeiro: 7 Livros

    Em Fevereiro consegui ler os seguintes livros:

    • Para Sempre – Resenha
    • Não Me Abandone Jamais – Resenha
    • Living Dead GirlResenha
    • Twenty Boy Summer – Resenha
    • Beastly - Resenha em Breve
    • Perfect You - Resenha em Breve
    • Piloto de Guerra - Resenha em Breve
    •  Quase noite - Resenha em Breve
    • Muito Barulho por Nada - Resenha em Breve
    • A Comédia dos erros - Resenha em Breve

    Dando um total de 10 livros.

    Saldo Atual Total: 17 Livros

    Até agora tudo está correndo muito bem, só resta evitar ressacas literárias.

    E vocês? Como vão as suas metas literárias para 2011?

    Beijos!

    Fanny Ladeira

    quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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    Cinema no Restaurante: O Discurso do Rei

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    George VI (Colin Firth), conhecido como Berty, assume, a contragosto, o trono de rei da Inglaterra quando seu irmão, Edward (Guy Pearce), abdica do posto em 1936. Despreparado, o novo rei pede o auxílio de um especialista em discursos, Lionel Logue (Geoffrey Rush), para superar seu nervosismo e gagueira. Com o tempo, tornam-se amigos.

    Esse drama foca exatamente na dificuldade do monarca em superar a gagueira e conseguir ser a voz que vai dar apoio a nação.

    Não é fácil concorrer a 12 estatuetas do prêmio mais disputado e visado do cinema mundial, o Oscar, mas ao mesmo tempo, ser o grande indicado da noite, não garante que o filme vá conseguiu algum prêmio.

    Isso porque além de contar com o fato de ter candidatos, perigosos ( O Cisne Negro, entre outros), O Discurso do Rei, lida com um antigo estigma.

    Nunca um filme focado em um monarca inglês, ganhou a estatueta de Melhor Filme. É lógico, que o número de indicações em si, já dá o filme prestígio e reconhecimento, mas quando a noite termina, os mais paparicados são os grandes ganhadores da noite ( depois que passa os ótimos serão lembrados, mas na noite mesmo é só dos ganhadores).

    DiscursoDoRei_07O roteiro é um show a parte, mostrando com aos poucos a personalidade um pouco( muito) nervosa de George. Já na primeira cena ele gagueja em frente a um grande público, e depois tem acesso de nervoso quando é submetido a um técnica para acabar com a gagueira ( basicamente enfiar um monte de bolinhas na boca e tentar falar através delas. Infalível! HA!), já a próxima cena vai tentar mostrar o lado mais humano e nada gago do personagem, ao mostrar ele contando uma estória de ninar para as filhas ( Sim, uma delas vai ser a futura Rainha Elizabeth II).

    A direção e a posição da câmera, é no mínimo diferente. A câmera foca bem em cima do ator, em alguns momentos só se vê a cabeça dos atores, mas foi uma boa maneira de demonstrar que ele queria que o foco fosse no personagem, não no ambiente.

    Lógico que estamos falando de um filme se passado na 2° Guerra Mundial, mas o que o é importante nesse filme é a superação de um problema emocional, só torna mais complicado o fato dele ser o Rei da Inglaterra.

    Em um momento do filme, quando a mulher Elizabeth ( Sim! a Rainha Mãe como a maioria de nós conhecia ela), procura Lionel, ele fala para ela, ‘peça para o seu marido mudar de emprego’ sem ainda saber que se tratava do 2° na linha do trono.

    E o filme, relata muito essa parte. Não acostumados nessa vida, nós nos temos a visão que a vida deles é só glamour, mas nós esquecemos que eles são só pessoas que nasceram nesse meio. É diferente quando você resolve casar com alguém que ter fornecerá o título, de quando você nasce já predestinado a seguir os passos dos seus antepassados.

    A pressão deve ser enorme, e para alguém que tem dificuldade em fazer uma coisa tão comum a eles, o falar em público.

    Mas o grande ponto do filme é o elenco. Por se tratar de uma biografia de um líder conhecido sobre a maior e mais conhecida família real do mundo, ele de certa forma dá brecha para que os atores possam se destacar mesmo estando dentro dos 'sapatos' de outra pessoa.

    o_discurso_do_rei

    Helena Boham Carter e Geoffrey Rush, ambos concorrendo a categoria de melhor atriz/ator coadjuvante respectivamente, entregam atuações inspiradas. Boham-Carter, é conhecida pelas suas excentricidades, e como sempre coloca um pouco disso em cada uma de suas personagens. Não que isso seja uma coisa ruim, pelo contrário ela é uma atriz única, por isso. Mas ao ter que montar o papel de uma rainha, ela mantém o tom da própria personagem, porém não acredito que ela deva ganhar dessa vez, já que a sua personagem se mantém um pouco apagada pela própria história.

    Já Rush, eu não sou muito familiarizada com o seu trabalho ( exceto se você contar a franquia Piratas do Caribe), mas se puder levar em conta a sua atuação prestada nesse filme, podemos montar uma carreira gloriosa. Se ele vai ganhar ou não, só saberemos no domingo a noite, mas ele faz jus a indicação.

    Mas o filme pertence a uma pessoa, Colin Firth. Ne pele do rei gago, ele entrega a melhor atuação da sua carreira, é uma das melhores do ano (Muitos falaram que esse título é de Jeff Bridges por Bravura Indômita – que eu não vi!) . Ele tramita entre o nervosismo do personagem de uma forma quase natural, como se ele fosse assim: um gago com problemas de nervos.

    Algumas pessoas que freqüentam sabem que eu tenho uma grande queda pelo ator, mas não falaria nada em relação a sua atuação se eu realmente não tivesse gostado. E ele, conseguiu sumir dentro do personagem, não vemos ‘aquele ator que fez Bridget Jones’ e sim o Rei George. E ele nem está tão bonito nesse filme ( Tem uma parte que ele aparece com a vestimenta da Marinha, vou te falar!) então isso também não influenciou a minha avaliação

    As melhores cenas do filme, são as melhores por causa dele. Ele contando estórias para as filhas. Depois o primeiro encontro dele com Lionel. E uma cena emocionante junto com a esposa, logo após a posse.

    E a melhor cena de todas, ele e Lionel discutindo dentro da Catedral de Windsor. Uma cena poderosa, e que demonstra a força dos dois atores, tanto de Rush, quanto de Firth.

    Ele sim, se não ganhar o Oscar, vai ser marmelada. :(

    Há algumas cenas hilária, mas outras que farão você secar as lágrimas para seguir em frente, e no final, você está maravilhada com esse drama muito acima da média, mesmo para filmes premiados.

    Esse sim é um ‘Oscar Material’, e mesmo se ele não ganhar, ele já ganhou.

    O Público.


    Update: Resultado do Oscar 2011


    O filme ganhou 4 estatuetas do Oscar! Sendo de Roteiro Original, Melhor Diretor, Melhor ator ( Colin Firth) e Melhor Filme.

    Muito se falou sobre os outros indicados, mas todos que já assistiram a O discurso do Rei concordam, todos os prêmios foram merecidos!

    Foi uma festa muito bonita, com ganhadores justos em todas as categorias. E é assim que vamos montando o cinema mundial.


    Fanny Ladeira


    P.S.: Vi Bravura Indomita, e digo Briges estava muito bom, mas Firth foi relamente o melhor do ano! Podemos comemorar com absoluta certeza


    Próxima Sessão: Escrito nas Estrelas

    domingo, 20 de fevereiro de 2011

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    Cinema no Restaurante: Volver

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    volver

    Pedro Almodóvar é um gênio.


    Ponto, Travessão, outra linha.


    Definido isso podemos trabalhar em cima da premissa, de que os seus filmes já podemos esperar: pequenas obras-primas, originais e cheia de cores. E com Volver, filme lançado em 2008, ele adiciona mais um filme para lista.

    Volver conta a estória de três gerações de mulheres de uma família, ligadas por segredos, ressentimentos e amor. Depois da morte da tia, a mãe de Raimunda ( Penélope Cruz) e Sole (Lola Dueñas) volta da morte para tentar ajudar as filhas a consertarem as suas vidas, porque a coisas que só os fantasmas conseguem consertar.

    O roteiro bem escrito,e a direção palpável de Almodóvar,  dão o tom do filme. Você sabe que está assistindo um filme dele, e mesmo que se o filme não fosse dele, saberia da onde tinha vindo a inspiração. O roteiro é característico e surpreendente. A cada momento você se assusta com as direções que o filme toma, mas é um susto bom!

    volver_01Você pensa que o filme irá focar em uma só coisa, e de certa forma ele faz, focando na relação de mãe e filha, mas a tantas nuances exploradas no filme que nada não fica muito repetitivo. Além do mais, ao falar de mulheres comuns e trabalhadoras, ele consegue dar uma vivacidade maior ao filme.

    Almodóvar gosta de cores, e conseguiu atingir o ponto certo. Mas o seu grande triunfo é o elenco.

    Com um foco maior em Carmem Maura, de Mulheres a beira de um Ataque de Nervos, que era a grande musa de Almodóvar na década de 80, e que ficou 20 anos sem falar com o diretor. E chegando na musa atual dele, Penélope Cruz, que já provou a muito tempo que tem talento.

    Cruz, sempre foi uma interrogação na minha vida. Eu como grande fã da Nicole Kidman, fiquei um pouco avessa á ela, quando ela foi apontada como o grande pivô na separação entre Kidman e Cruise. Depois que ambas deixaram Cruise para trás, com as suas loucuras e filmes de gostos duvidosos ( Encontro Explosivo, alguém?), conseguiram ganhar melhor destaque, e eu pude finalmente deixar tudo o que pensava dela para trás, e com o seu talente conseguiu me conquistar.

    E em Volver, Cruz consegue atingir o ponto alto, maior do que até em Vicky Cristina Barcelona.  Por ter um sotaque forte, assistir a um filme em que ela fala em espanhol, dá um alívio muito grande.

    volver061030_560

    A melhor cena é dela, cantando á música Volver, com coração e a alma dentro da cena, claro que não é ela propriamente cantando, mas a cena é tão envolvente que você deixa passar esse pequenito detalhe.

    Volver, significa Voltar.

    Um filme incrível, e que vai para a lista dos “filmes Europeus que merecem serem vistos!”

    Fanny Ladeira

    *Semana que vem tem Oscar! E por isso falaremos do filme que concorre a 13 indicações.

    Próxima Sessão: O Discurso do Rei

    quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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    Resenha: Living Dead Girl

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    Living-Dead-Girl

    Livro: Living Dead Girl

    Autora: Elizabeth Scott

    Editora: Simon Pulse

    Nota: 5 estrelas

    * Livro não lançado no país.

    Está é Alice.

    Ela foi levada por Ray cinco anos atrás.

    Ela achou que ela sabia como a história dela ia acabar.

    Ela estava errada.

    Eu pensei que nunca leria um livro que me deixaria com tanto ódio de pedófilos, quanto Uma vida Interrompida, mas claro, a vida está aí só para provar que nem tudo é o que a gente espera e Living Dead Girl, mostra que não há limites para monstruosidade que um ser humano pode ser capaz.


    "Por que você não contou a alguém?
    Por que você não pediu ajuda?
    Por que você não deixou?
    Por que você não se respeita o suficiente para escapar?
    As mulheres geralmente deformáveis transformam sua carne em uma concha, e tornarem-se trêmulas garotas mortas vivas, presas. Algumas vão dizer que ninguém escuta, que as pessoas não querem ver, e que se você tentar alguma coisa, qualquer coisa, você não vai sofrer, mas outros o farão.
    O público sempre vaia e diz que Você Deveria Ter Feito Alguma Coisa. Você devia ter lutado mais. Você deve ter conhecido alguém que tenha esse tipo de poder. Você deveria ter sido forte.
    Você não deveria ter sido tão estúpida.
    As mulheres acenam e fungam. Elas ainda estão quebradas. Elas ainda concordam com qualquer coisa que alguém queira.
    Mesmo as que tentam explicar acabam com a cabeça abaixada, suas mãos em sua volta. A menina está pronta para dizer que está arrependida.
    Tudo culpa nossa. Sempre."


    Lógico, que é uma estória de ficção, mas todos sabemos a milhares de meninas que são submetidas diariamente a esse tipo de violência, muitas nem são crianças seqüestrada como a 'Alice', mas crianças que são molestas destro da sua própria casa, por parentes tão próximos, que seria inimaginável pensar que tal coisa poderia acontecer.


    As histórias de seqüestros que duram anos, estão aí para provar a todos que eles existem, do Austríaco Josef Fritzl, que manteve a filha em cativeiro por 20 anos, e teve que 7 filhos com ela. Passando para a nossa realidade brasileira, com o pai no Maranhão que foi preso com após a mante-lá em cárcere privado e também teve com ela dezenas de filhos, ele foi decapitado durante a última rebelião na cadeia aonde estava preso, eu sei que os Direitos Humanos vão me odiar por isso masss (Eba! Menos um monstro no mundo!) podemos avançar um pouco mais e falar sobre o que é considerado realmente o seqüestro mais longo da história de Natasha Kampusch, que virou livro escrito pela própria vitima, 3096 dias, que é o meu maior sonho de consumo atualmente.


    Mas mesmo sabendo de todos esses casos, e sabendo que o que você está lendo é só uma obra de ficção, todas as emoções surgem, de ódio passando pela pena ( da vítima) e conseguindo chegar no profundo desgosto de ler uma situação dessas.


    É um drama tão real, que você sente a pressão de estar 'conhecendo' tudo isso, mas ao mesmo você está com as mãos amarradas incapaz de fazer qualquer coisa para desatar tudo, e esse sentimento é o tão grande durante todo livro, que chega a te esmagar.


    A autora, tenta chocar, não chocando completamente. As referências para os abusos sexuais, vão ficando mais abertas e mais cruas, a medida que o leitor vai se 'acostumando' com a temática do livro, mas não há nenhuma cena explicita. Sem contar que o cara, além de pedófilo é um safado nojento, que nem dá um sossego para menina.

    O estilo do livro, é bem feito, não deixando você muito tempo na ação, o livro é até bem curtinho e com capítulos minúsculos, talvez uma estratégia para evitar que o leitor fique muito tempo exposto.


    "TRÊS LIÇÕES DE VIDA:


    1. Ninguém vai vê-lá.


    2. Ninguém vai dizer nada.


    3. Ninguém vai te salvar.


    Eu sei o que as histórias de Era Uma Vez dizem, mas elas mentem.


    Isso é o que as histórias são, você sabe. Mentiras.


    Olhe para isso, quatro lições de vida. Agora você me deve."


    Esses monstros em forma de gente, além de se aproveitarem de uma criança indefesa, ainda acaba afetando para sempre a vida delas. Não importa o nível do abuso, elas nunca são capazes de se recuperar 100%, sendo que muitas delas passaram o resto da vida com esse fardo.


    Em vários momentos do livro, a protagonista, fala de como as pessoas vêem de fora, a realidade das vítimas, e com palavras honestas e simples, nos faz reavaliar tudo o que uma vez podíamos pensar dessas vítimas. Não podemos imaginar o que faríamos em um caso desses, por que não passamos por isso, então ao invés de julgar devemos somente fechar a boca, e escutar quando elas quiserem contar a sua história.


    Dá para perceber que esse livro me afetou muito, mas exatamente por isso recomendo. Por não é só de lindos romances sobrenaturais, que a nossa vida é feita, e é preciso estar não só preparado, mas também ciente que casos como esse acontece.

    Todos os dias.

    Leitura Obrigatória!

    Fanny Ladeira

    P.S.: Esse livro foi classificados EUA para pessoas acima de 16 anos.

    ElizabethScottElizabeth Scott, nasceu e cresceu em uma pequena cidade do estado da Virginia, EUA. Com dois pais professores da escola local, ela acabou tendo a presença deles durante todo o seu High School ( Nosso Colegial). Atualmente vive em Washington, aonde dedica o seu tempo escrevendo livros para adolescente, ela acredita que crescer é difícil mas um livro bem escrito pode ajudar muito nessa fase. Para conhecer mais acesse http://www.elizabethwrites.com

    domingo, 13 de fevereiro de 2011

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    Resenha: Não me Abandone Jamais

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    kazuo-ishiguro-capa Livro: Não me Abandone Jamais

    Autor: Kazuo Ishiguro

    Editora: Cia das letras

    Nota: 5 estrelas

     

    Kathy H. tem 31 anos e está prestes a encerrar sua carreira de "cuidadora". Enquanto isso, ela relembra o tempo que passou em Hailsham, um internato inglês que dá grande ênfase às atividades artísticas e conta, entre várias outras amenidades, com bosques, um lago povoado de marrecos, uma horta e gramados impecavelmente aparados. No entanto esse internato idílico esconde uma terrível verdade: todos os "alunos" de Hailsham são clones, produzidos com a única finalidade de servir de peças de reposição.


    Assim que atingirem a idade adulta, e depois de cumprido um período como cuidadores, todos terão o mesmo destino - doar seus órgãos até "concluir".

    Eu já falei do filme que foi baseado nessa obra a algumas semanas, e disse lá que “Ainda não li o livro, mas se ele for tão bom quanto filme, valerá muito a pena!”, bom como sempre o cinema não foi capaz de passar todas as emoções do livro para a telona, mas ainda assim, ao contrário de muitos filmes por aí, continua fiel a obra.

    Entretanto o livro, com todas as suas 344 páginas, consegue passar mais realismo e emoção. Nos afundamos nas emoções da personagem principal Kathy e passamos a conhecer melhor a personalidade dos seus dois grandes amigos de Hailsham, Tommy e Ruth, para então podermos ter um visão maior da estória.

    Ishiguro, não se preocupa em montar a explicação cientifica para os clones, fazendo o que qualquer autor sensato, faz quando se vê perto de assunto que não conhece, não mexe muito.

    Então, não espere uma explicação mirabolante para o efeito, mas ele entra naquilo que deveria, e revela a alma de Kathy completamente. Ela é uma vítima da situação, assim como todos os estudantes de Hailsham, e por causa disso sempre fala “não os culpo, por nada” talvez por estar dentro de toda a confusão que esses jovens enfrentaram, uma mais madura Kathy, não guarda rancor de ninguém, nem de quem ela deveria.

    Ela também não tem nenhuma revolta contra o sistema, não é um livro aonde eles tentam se rebelar, não há planos para fugas, eles simplesmente seguem o plano que foi determinado para a vida deles.

    Não é por causa disso, que a vida não resolver pregar peças e mexer com toda a situação deles, os fazendo passar pelos mesmos sentimentos que qualquer pessoa passaria.

    Depois que os três amigos, (Kathy, Tommy e Ruth) deixam Hailsham para trás, eles são lançados para o mundo ‘normal’ e tentam manter as amizades mesmo com todos os elementos externos levando para o outro lado.

    “…Mas eu não era uma vidente naquela época, não mais do que sou hoje. Eu estava chorando por diversas razões combinadas. Quanto eu assisti você dançando naquele dia, eu vi alguma coisa diferente. Eu vi um novo mundo vindo muito rápido. Mais cientifico, eficiente, sim. Mais curas para antigas doenças. Muito bom. Mas um mundo difícil e cruel. E eu vi uma pequena garota, com os seus olhos fechados, abraçando esse velho mundo, um que ela sabia que o seu coração não poderia pertencer, e ela estava abraçando e implorando, Nâo me abandone jamais. Foi isso que eu vi. Não era o que você estava fazendo, eu sei. Mas eu vi e isso quebrou o meu coração. Eu nunca me esqueci.”

    Não é a estória de um triângulo amoroso, o autor não se entregou a isso, mas é a estória de três pessoas com as suas características e que em diferentes momentos da vida tem as suas razões para os seus atos. Podemos dizer que Ruth, é um pouco egoísta, porém devo dizer que peguei a mania de Kathy e irei dizer que ela ‘não tem culpa de nada’.

    Em um certo momento o tão esperado romance de Kathy e Tommy finalmente acerta o seu passo. Será que o plano montado para a vida deles, considerou essa opção de dois estudantes de apaixonarem, ou eles terão que seguir como programado pelas suas funções?

    Nós não paramos para pensar, mas do que adianta ter tudo se nos falta a liberdade sobre as nossas escolhas, sobre o nosso próprio corpo?

    Você se pega orando e pesando na situações deles, e se você fosse um clone criado somente para repor órgãos para humanos? Como se sentiria? Se alguém falasse repetidas vezes que você não possui alma, será que você chegaria a acreditar?

    E se houvesse clones, seres que fosse capazes de prolongar as nossas vidas, e nos fizessem livrar de doenças, como o câncer? Seria maravilhoso, mas a que preço?

    Você seria capaz de ignorar e não pensar no custo de se viver mais? São ótimas questões, já que a ciência vai evoluindo a cada momento.

    Eu amo quando um livro nos faz mergulhar, sonhar, imaginar e questionar diversos pontos que nem sequer pensamos no nosso dia-a-dia.

    Uma obra-prima moderna.

     

    Fanny Ladeira

     

    01252_m Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasaki, Japão, em 1954, e mudou-se para a Inglaterra aos cinco anos. Seu romance Os resíduos do dia ganhou o Booker Prize (1989) e foi adaptado com sucesso para o cinema, no ano passado estreou a adaptação de Não Me Abandone Jamais, e estreou em diversos festivais, inclusive no Brasil.

     

     

    Resumo do livro, 1° e 2° parágrafo: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11898

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    Cinema no Restaurante: Bonequinha de Luxo

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    Mesmo que você nunca tenha ouvido falar desse filme,você provavelmente já viu essa foto em algum lugar, seja em alguma montagem com outra atriz ou até mesmo essa original, com Audrey Heburn.



    Esse vestido ( que foi leiloado por quase 1 milhão de doláres) e essa pose, se tornaram um icône, ficou marcada por essa personagem, ficou marcada como Holly.

    O filme conta a estória de uma mulher,Holly, que vive na agitada New York, da década de 60 e que sobrevive trabalhando como acompanhante dos homens, apesar de alegre e inconsequente, ela guarda segredos dolorosos. Quando um novo vizinho se muda para o andar de cima, Paul Varjak, ela se vê com um amigo e um interesse romântico.

    Paul é um aspirante a escritor, que também sobrevive prestando a sua atenção a uma rica senhora. Com as vida viradas, eles se aproximam e vão criar um vínculo de amizade e que aos poucos vai se tornando amor.

    No título original, Breakfast at Tiffany's, é um referência ao habito de Holly, se se levantar, se arrumar inteira e ir tomar café da manhã olhando as vitrines da famosa joaleria Tiffany. Para ela isso funciona como uma terapia para aqueles dais em que tudo está "preto".

    Apesar da temática simples, e de algumas reviravoltas estranhas, como o fato do ex-marido de Holly aparecer, o filme vai se costurando e aos poucos vamos entendendo um pouco mais dessa fascinante personagem.

    "Eu sou como o gato aqui, uma ninguém sem nome. Nós não pertencemos a ninguém e ninguém pertence a nós. Nós nem ao menos pertencemos um ao outro." Holly

    Eu sinceramente considero Audrey Hepburn uma das atrizes mais bonitas a pisar sobre a terra. É lógico, que pessoas como Angelina Jolie, podem até estar na frente. Mas a delicadeza de seu rosto, e os olhos expressivos a tornaram ( com razão) uma das mais importantes atrizes de todos os tempos.

    O filme não é sustentado só por ela, a atuação de George Peppard é memorável, mas quando acabar o filme será das peripécias de Holly que você se lembrará primeiro, sem tirar a linda cena dela cantando "Moon River" na janela. A música foi escrita para ela, e mesmo depois sendo regravada diversas vezes ( inclusive por Elvis Presley) o compositor revelou que sempre preferiu a versão de Audrey.

    A cena mais bonita de todas fica bem no finalzinho, nos 10 último minutos, e por razões óbvias não vou falar muito dela, mas posso revelar que é uma cena de romântica, dramatica e memorável.




    Usei a palavra memorável, muitas vezes, mas é porque é isso que você sentirá quando terminar de assistir. Geralmente as pessoas não gostam muitos dos filmes antigos, porque os mais conhecidos são musicais, entretanto esse além de fugir desse paradigma dá abertura para outros sentimentos.

    A direção fica a cargo de (um dos diretores que eu mais amo) Blake Edwards, que faleceu no mês passado. Além de ser o responsável por dirigir esse bellíssimo filme, ele também é o criador da "Pantera cor de rosa" e dirigiu todos os filmes antigos sobre o inspetor Crusoe. Eu ainda quero tirar um dia para falar sobre "Um tiro no escuro" um dos filmes mais engraçados que já vi, e que ele dirigiu.

    Então, pegue a pipoca, o filme, e prepare-se para se encantar com esse filme MEMORÁVEL.

    Próxima Sessão: Volver

    segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

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    Resenha: Através do Espelho

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    Livro: Através do Espelho
    Autor: Jostein Gaarder
    Editora: Cia das Letras
    Nota: 5 Estrelas

    Eu sou muito suspeita para falar de qualquer livro do Jostein Gaarder. Porquê?

    Em grande parte porque tenho uma admiração gigantesca por esse gênio ( Gênio mesmoo!) da nossa literatura mundial. Ele literalmente, me fez abrir os olhos para o mundo, e vê-lo de outro jeito, ele me sacudiu e me mandou para as pontas do pelo do coelho.

    Todos os livros dele são originais ao extremo, e cada um trás uma questão importante e não discutida do universo. Eu especialemente gosto do jeito como ele sempre coloca uma criança para tentar encontrar o sentido de tudo.
    "Pode perfeitamente dizer que o Mundo vai ao encontro da criança. Nascer significa ganhar o Mundo como presente."


    E no maravilhoso, Através do Espelho, ele mais uma vez utiliza esse recurso. Cecilie é uma jovem menina, e ela está doente. Ela já estava doente a algum tempo, mas a medida que o natal vai chegando, ela pouco a pouco vai perdendo as noções dos dias, um cochilo e ela acorda sem saber quanto tempo dormiu. A sua família, sempre está ao seu lado, mas ela tenta fazer com que todos sigam o seu ritmo, e na noite de natal, enquanto todos dormem ela recebe uma visita especial.

    É um anjo, o Ariel, que resolve fazer um acordo com ela. Ela explica todos os segredos da Terra e dos Humanos e ele irá contar para ela tudo sobre os segredos divinos. Ariel questiona o gosto das coisas ( já que ele não sente nada) a sensação ( já que ele não consegue sentir) e faz perguntas sobre coisas mais complexas como a morte.

    "E o anjo Ariel explicou:

    - Certos anjos são de opinião que cada olho que vê a obra da Criação é o próprio olho divino. Quem disse que Deus não tem vários biliões de olhos? É provável que Ele tenha polvilhado biliões de pequenas células fotoeléctricas pela Criação para que possa a qualquer momento contemplar a Sua própria obra, de bilhões de diferentes ângulos. Os seres humanos não podem mergulhar centenas de metros abaixo do nível da água, razão pela qual Ele também dotou os peixes com olhos. As pessoas não podem voar, mas há sempre um enorme bando de pássaros atentos ao que se passa cá em baixo. E não é tudo...

    - Continua.

    - Uma vez ou outra, acontece que um ser humano ergue o olhar para a sua origem celestial. É como se Deus se visse ao espelho.

    Cecilie suspirou.

    - Céu e mar! - exclamou.

    - Sim, como o céu e o mar.

    - O quê?

    - Como o céu se reflete no mar, Deus também pode refletir-se nos olhos dos seres humanos. Os olhos são o espelho da alma e Deus pode espelhar-se neles."



    De uma hora para outra Cecilie, se vê tentando explicar como é a sensação de roupas sobre a pele para um anjo.

    Ao mesmo tempo, os dois vão aprendendo coisas novas e a menina tenta manter a cabeça lúcida e saúde vai debilitando ainda mais com o passar do tempo.

    Em seu quarto, ora sozinha, ora com a família,hora com o anjo, ela tenta engulir a frustação de que talvez nunca envelheça, nunca saiba o que é ser adulta, e que talvez não chegue a experimentar os seus esquis que ganhou de natal.

    É puro e mágico ver questionamentos tão importantes apresentados de uma forma tão bela, e assim Gaarder vai tecendo um livro que defende acima de tudo a vida divina.

    Tive a oportunidade de assistir a palesta de Jostein, durante a Bienal do Livro de São Paulo ( tenho até livro autografado por ele!) e além de ser carísmtico e de dar respostas animadas, ele aqinda revelou que acredita que exista uma força divina por trás de todo o universo.

    E é isso que o livro fala, sobre essa grande força que nos rege e que conseguiu criar seres tão perfeitos ( sim, de certa forma sim) como os seres humanos, que podem pensar, falar, sentir, viver e ter a livre escolha de fazer o que quiser.

    Cecília é só uma criança mais consegue fazer suposições que a maioria dos adultos nunca pensou, e aos poucos nos vamos também começar a pensar como ela, e desejar mais uma vez nos virarmos crianças, não por que a vida é mais fácil, e sim porque a vida é muito mais bela, aos olhos de uma alguém que sabe realmente aprecia-lá.

    Fanny Ladeira


    P.S.: E para todos aqueles que já leram O mundo de Sofia e amaram, aqui vai uma pequena dica: Esse não é o melhor livro dele. Atiçou, não?

    Jostein Gaarder é Norueguês, e foi professor de Filosofia durante muitos anos, o seu livro de maior sucesso e reconhecimento foi O mundo de sofia, que fala exatamente sobre filosofia. Mas escreveu diversos outros romances que lidam com questões da vida. Pessoalmente, ele é uma graça, divertido e só posso sonhar como seria ter um professor de filosofia com ele.

    domingo, 6 de fevereiro de 2011

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    Resenha: Para Sempre - Série Imortais

    2 comentários
    Livro: Para Sempre - Série Imortais
    Autora: Alyson Noël
    Editora: Intrínseca

    Nota: 1,5 estrelas


    Ever perdeu os pais e a irmã em um terrível acidente de carro, e desde então ela tem que, não só, enfrentar o drama devastador da perda, como também tentar se adaptar a uma nova cidade, Orange County, e para completar tudo isso desde o acidente ela desenvolveu um estranho dom: ela consegue captar as emoções das pessoas, cada sentimento tem uma cor e com apenas um toque ela tem o poder de saber o que cada um realmente pensa.

    Por causa disso, ela vive isolada de todos, escondida atrás de um capuz e um ipod ela tenta evitar que todo esse mix de emoções a atinjam, e por isso é considerada a estranha da escola e seus únicos amigos são, Miles, um jovem gay e Haven, uma aspirante a gótica que tenta conseguir a atenção dos pais e claro as visitas da sua irmã, agora uma fantasma, Riley.

    Quando um jovem e misterioso rapaz chega a escola, Ever nem fica remotamente interessada, porém ela descobrirá que esse novo aluno, Damen, tem mais segredos do que ela pode imaginar.

    Foi difícil terminar esse livro, não por que ela seja leitura complicada, mas porque simplesmente não consegui me sentir envolvida com a estória.

    Ever no começo tinha tudo para ganhar o meu coração, as primeiras cenas em que ela tenta se livrar de todo o fardo da morte da família, e claro as tentativas frustradas de ficar longe das outras pessoas, são de cortar o coração, e é impossível para sentir pena dela.

    Isso tudo muda drasticamente no momento em que o próprio Damen aparece, assim como ele tem o poder de fazer com que tudo "desapareça" da cabeça dela, eu senti que ele conseguiu apagar a personagem e a torna-lá extremamente chata e vazia. De menina sofrendo pelos pais, ela virou quase uma namorada ciumenta...hahahha...tá exagerei agora!

    Sabe aquela amiga legal que quando começa a namorar fica um pouco chatinha? Foi isso que senti. Talvez seja o fato do próprio mocinho não ter me agradado tanto.

    Acho que já estou a minha cota de mocinhos misteriosos, que tem um jeito meio antigo e completamente lindos e irresistíveis! hahahah

    Como já disse aqui milhares de vezes, estou um pouco satura de romance sobrenatural, talvez seja porque ultimamente só tem aparecido isso!

    Mas não posso deixar de falar que achei alguns pontos bem negativos nesse livro, além da mudança de Ever,também não gostei de como ela jogou o suspense ( e todas as respostas) para o final. Por exemplo, a explicação sobre as tulipas, teve uma hora que eu não aguentava mais pensar nelas, chega a torrar a paciência aquela bando de tulipas sem entender nada.

    Isso acabou matando algumas outras coisas no livro também, na ânsia de tentar manter o suspense no último, ela acabou prejudicando alguns pontos. O próprio Damien, acaba sendo prejudicado já que não dá para entender as suas atitudes. Suspense é bom, mas em demasiada quantidade, e se não corresponde as expectativas no final, pode acabar matando tudo o que foi feito antes. Que diga alguns fãs de Lost.

    Eu não vou falar que não vou continuar lendo mais a série, por que amanhã é outro dia, mas que por enquanto ela permanecerá na minha lista de decepções.


    Alyson Noël é americana e cresceu em Orange County ( quem é do tempo de O.C.?), mas largou tudo para rodar o mundo, e morou na Grécia, até voltar para Nova York. Ela teve diversos trabalhos, mas foi como uma escritora que conquistou o seu lugar. A Série Imortais, tem seis volumes, sendo que 3 deles já foram lançados no país.





    Até onde vai a responsabilidade de um blogueiro literário?

    Quando você decide criar um blog ou um site que você tem que ter consciência de que os seus comentários não agradaram todo mundo.

    Assim como você tem que saber que você não gostará de tudo. Tem gente que não gosta de HP e O Senhor dos Anéis, tem gente que não gosta de Crepúsculo, tem gente que não gosta de literatura estrangeira, tem gente que não gosta de literatura brasileira. Ou seja, o que não falta é gostos e opiniões.

    Acho que as resenhas nos blogs, ajuda as editoras a entender o que o público gosta e como ele responde aos livros, e também serve como um barometro para os próximos lançamentos. Por exemplo alguém ao ler a minha resenha de Para sempre pode pensar: "Ei! Talvez seja melhor focar o lançamento dos próximos livros da série em outros meios" ou "Está tendo mais demanda para romances não-sobrenaturais" ou até mesmo "Ei! Esse povo que não entende um bom livro que se exploda, a série é ótima".

    Porém, até onde cai o limite para um blogueiro ao criticar um livro?

    Eu tento encontrar o ponto que me fez não gostar do livro e expo-lô,assim você pode tirar as suas próprias conclusões e decidir se você se interessa ou não pelo livro.

    Quando um blogueiro, uma pessoa que querendo ou não, acaba criando seguidores que acompanham as suas palavras, chega ao ponto de criticar o trabalho de uma pessoa e compara-lá a lixo, desculpa, mas você já passou da linha.

    Não que alguma autora conceituada, vá se deixar levar por um critica mal feita, produzida por um blogueiro, mas quando você ofende um livro e/ou a escritora você acaba ofendendo as pessoas que também amam esse livro, elas se sentem também no direito de reclamar, por que elas fazem parte disso, mesmo que seja indiretamente.

    Além de tudo, não acho bacana denegrir o trabalho de pessoa, se ela escreveu e conseguiu publicar o livro, não é deve ser por pura "sorte".

    Escrevo isso, porque rolou um super barraco em um blog literário ontem, o blog recebeu um e-mail de um editora, dizendo que ele seria acionado judicialmente por conta de uma resenha muito negativa. O dono do blog, postou o e-mail e deu o maior revolta em muitos blogueiros por aí, alguns falaram até em falta de liberdade de expressão. Mas cada história tem dois lados, e um das resenhas do blogueiro no Skoob, é possível ver ele xingando, a escritora. Para complicar a situação, o blog dele ainda tem parceria com a editora.

    Eu não quero falar que estou do lado da editora, porém também temos que avaliar os dois lados e não sair por aí julgando, assim como é obrigação de todos os blogueiros respeitar o trabalho das editoras. O blog em questão é o Lendo e Comentando.

    Por isso, assim como sempre tive o respeito de todos nesse blog, e nunca tive nenhum comentário ofensivo ( ofensivo não é deixar de concordar comigo!) faço o comprometimento com vocês de nunca ofender nenhum trabalho, mesmo que para mim, ele não tenha sido tão legal.

    Fanny Ladeira

    P.S.: O cara deletou o blog, twitter e conta do Skoob. Quem não deve, não corre!

    sábado, 5 de fevereiro de 2011

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    Cinema No Restaurante: Nosso Amor do Passado

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    Essa coluna tem o intuito de mostrar filmes que possam ter passado despercebido por você. Filmes que você pega a capinha na locadora, olha, e não dá muita bola porque nunca ouviu falar, só um pequeno passo e você pode perder a oportunidade de assistir a um filme maravilhoso, que pode ( pode mesmo, viu!), mudar a sua vida.

    Mas hoje eu vou ir um pouquinho mais além e falar de um filme, que é não só ótimo, mas que também vem apresentado de uma maneira diferente, totalmente única e original.

    Nosso Amor do Passado, conta a estória de um casal, que durante um casamento se encontram. Aos poucos vamos conhecendo vários aspectos da vida deles, como por exemplo, o fato deles terem sido casados a muito tempo atrás e que tudo não acabou tão bem como esperado.

    Enquanto a mulher ( nunca é falado o nome dos protagonistas), espera pelo seu vôo de volta para casa, eles tem uma noite a sós e muitas vão acontecer. Há muita conversa para colocar em dia, e vários pontos que o casal tem a oportunidade de explicar e/ou tentar entender, durante essas poucas horas.

    Aí, você vai me falar, mas essa estória já foi contada diversas vezes, o que pode ter de original nisso?

    Todo mundo que entende um pouco mais de cinema, sabe que o que difere um romance de outro e como a estória é contada, é claro o roteiro. Um roteiro bom, pode elevar qualquer estória por mais batida que ela seja, e é isso que acontece com esse filme. O roteiro é magnifico, e adoro o jeito como todos os aspectos de um relacionamento são abordados.

    Quem acompanha essa coluna, sabe que eu adoro "filmes verdadeiros" e esse segue essa linha, é estranhamente bonito ver dois antigos amores, se reencontrarem depois de tanto tempo. Ver a forma como eles agem, ás vezes conversando como se fossem dois completos estranhos, e as vezes conversando como se conhecessem a séculos.

    A qualidade elevada do filme também tem dois motivos: O primeiro é Helena Bonham Carter, fazendo o papel da mulher e conseguindo fazer protagonista praticamente normal, não me entendam mal, amo ela, e tenho atrás de toda a sua excêntricidade ela consegue entregar a cada personagem um toque a mais. E com a "mulher" não é diferente, embora isso seja em um nível um pouco mais aceitável para as pessoas desacostumadas com ela.

    O outro motivo é Aaron Eckhart, a critica só vem prestando mais atenção nele, depois de O cavaleiro das sombras, e assisti recentemente um outro filme em que ele dá outra atuação de primeira ( Rabbit Hole). Eckhart aos poucos vai conquistando o seu território, e são filmes como esse que vão fazendo que essa subida, para o time das estrelas de Hollywood, seja finalmente realizada.

    Sem contar que os dois são lindos. =P

    Mas a outra coisa que torna esse filme mais memorável, e é a edição.

    Enquanto uma cena está rolando, há várias câmeras gravando, ou como é o caso na maioria do filme, a mesma cena é gravada de vários pontos, para depois na edição serem efeitos os cortes necessários, mas a não ser que os dois atores fiquem no mesmo plano e sejam captados pela mesma câmera, nós dependemos da edição para vermos a cena em um todo. A maioria consegue fazer um trabalho magnifico, mas fica muito cansativo ir e voltar, imagina você assistir um filme em que a cada segundo a tela vai mudando.1 segundo: cara do Homem 2 segundo: cara da mulher 3: cara do homem. Ninguém teria paciência para isso.

    Só que ao mesmo tempo, é muito mais importante em um filme como esse, aonde os protagonistas basicamente conversam, que o quadro a quadro seja bem estruturado. Mas o diretor veio com um perspectiva nova e dividiu o frame em dois. Então ao mesmo tempo podemos ver o rosto dos dois e olhar as diversas expressões.

    Esse frame dividido também auxilia, a mostrar algumas cenas do passado ( geralmente fazendo uma comparação com o presente) e até mesmo mostrando cenas de um futuro não muito distante.

    Além disso essa frame, ás vezes avança alguns segundos, ou atrasa em alguns segundos e faz um jogo muito legal com telespectador, que é em 3 ocasiões distintas mostra as duas ou três formas que o ator interpretou a cena, com certeza de takes diferentes.

    Há a opção de assitir o filme normal, mas acredite em mim, não vai ser a mesma coisa.

    Porque esse efeito dá uma sensação de liberdade e de aproximidade com o filme que não é normal.

    E é incrível como uma obra de ficção pode nos fazer, reavaliar a realidade.

    Muito Bem feito!

    Fanny Ladeira


    Próxima Sessão: Bonequinha de Luxo
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    Meme: Book Blogger Hop

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    As meninas do Murphy's Library, montaram um mme super legal. A ideia é mostrar a diversidade de blogs literários que temos no Brasil—e conhecer um pouquinho mais dos blogueiros também.

    Toda semana é postada uma pergunta, e a pergunta dessa semana é a seguinte:

    Que livro você está tentando fazer mais pessoas lerem?


    R: A Batalha do Apocalipse, toda vez que vejo alguem na livraria pegando esse livro e meio que ficando na dúvida, eu entro e com todo o jeitinho tento convercer a pessoa a levar...hahh...coisa de louca mesmo!


    Beijos!

    quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

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    {Book Tour} Resenha: Soul Love

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    Em Primeiro lugar quero agradecer a Luana, do Partes de um Anjo, pela inciativa e oportunidade que ela criou para que eu pudesse ler esse livro.


    No final da resenha vocês poderão conhecer tudo sobre o Book Tour de Soul Love


    Livro: Soul Love – A noite o céu é perfeito
    Autora: Lynda Waterhouse
    Editora: Melhoramentos
    Nota: 3,2 estrelas


    Jenna, é uma londrina que após se meter em uma confusão enorme em sua escola de elite, é expulsa. Tentando guardar um segredo enorme, que coloca a sua reputação em jogo, Jenna se vê sem amigos, sem um lugar para estudar no próximo ano letivo e o pior nem a sua própria mãe confia mais nele, e a manda para a casa da tia, Sarah, na pequena cidade de Greater Netherby, para passar o verão.


    A sua tia Sarah, acaba de terminar a relação com um poeta não muito confiável, e resta a Jenna a obrigação de ficar responsável pela Sebo da tia. Pouco a pouco, Jenna vai conhecendo os habitantes da cidade e vai fazer amizades, desde um frequentador idoso e antigo dono da loja, Jules indo até os filhos do Lorde de Nertherby, Aurora e o misterioso ( e lindo! Claro que ele tinha que ser lindo!) Gabe.


    Enquanto o verão corre, Jenna vai ter que enfrentar não só o seu passado a atormentando, mas também o seu presente se mostrando cada vez mais complicado, entretanto isso não a impede de ter um verão que marcará a sua vida, para sempre.


    Quando eu vi que esse livro fazia parte do Book Tour, não pensei duas vezes e me inscrevi. Uma das razões para isso é que sinto muita falta dos livos adolescentes que lia aos montes na escola.


    E não me arrependi da escolha.


    Apesar da estória ser centrada no universo bem adolescente e eu estar de distanciando cada vez mais desse tipo de drama ( sim, eu cresci! Fazer o que?) me peguei adorando cada página desse livro.


    Primeiramente, temos uma estória bem verdadeira, e não um enlatado. Em segundo é bom ler, para variar, um livro adolescente não-sobrenatural.


    A estória chega ser até bem simples, mas como a autora estava mais preocupada em fazer com que sentissimos todas as emoções da personagem, o que agregou valor a estória e a tornou mais cativante.


    A variedade de personagens também ajuda a dar mais consistência para o enredo. Porém é o mesmo motivo que deixa o livro muito tumultuado.


    Falta espaço nesse pequeno livro (quase 200 páginas) para a quantidade de personagens, e isso se torna um problema principalmente no final, quando para completar tudo a muitas voltas e idas e vindas.


    Nos 4 capítulo finais, o final vai mudando a cada capítulo, o que pode te deixar um pouco confusa, mas nada muito extravagante, e o no final ela se ateu ao espírito verdadeiro do livro, não tentando iludir criando uma situação que não poderia ocorrer.


    É um livro tipicamente adolescente com um estória curta, mas saudável, que fala sobre um assunto sério da melhor maneira possível, e que tem intriga, romance, amizades e revisão de valores. E não faltou a pitada de drama adolescente que todas nós já passamos, ou estamos passando, ou iremos passar.


    Mas nem por isso deixa de ser um livro memorável. Assim como a adolescência.


    Fanny Ladeira


    Lynda Waterhouse, nasceu em uma pequena cidade perto de Manchester e desde cedo já gostava de escrever estórias. Hoje mora em Londre e divide o seu tempo entre escrever, ler, assistir a Reality show e claro curtir bandas de Anti-folk.







    Book Tour - Soul Love - A noite o céu é Perfeito

    Curta todas as outras resenhas desse livro:

    Leituras do Kokoro 
    Dica de Amigas
    Divagando Sobre a Realidade
    (Ainda a receber o livro, mas vale visita!)

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    This adorable thing
    My everything

    Loucas por leitura
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    Caixinha do Correio #3

    0 comentários
    Olá Pessoal,

    Eu nem ia fazer caixinha do correio, mas essa semana o correio foi bem bonzinho comigo. Já começo da segunda passada, chegou o livro Soul Love, que faz parte da Book Tour organizada pelo Partes de um Diário.

    Quem ficou responsável por me mandar foi a Thaís do Divagando Sobre a Realidade, que além de mandar o livro, me mandou um monte de marcadores ( um mais lindo que o outro, olha esses da Meg e do HP!!!), com tudo isso veio uma cartinha super linda e eu fiz duas coisas:

    - Me impressionei com a letra dela ( a letra da guria é muitooo linda)
    - E chorei com o conteúdo da cartinha.

    Valeu Thaís, te desejo tudo em dobro!



    E hoje para a minha supresa, chegou duas cartinhas do Rio Grande do Sul. Uma da própria dona do Partes de Um Diário, a Luana, que me enviou lindos marcadores do seu blog!




    A outra caritinha da terrinha lá no fim do mapa é da Guta, uma das responsáveis pelo Murphy's Library, que me enviou um lindo marcador do blog . Ameiiiiii!!!!!



    Obrigado novamente meninas!

    Fanny Ladeira